No telejornal da RTP1, uma hora antes do jogo, um descabelado repórter – e disto é o que mais há por lá – perguntou a um adepto o que diria ao João Moutinho, se pudesse. O tonto teve a resposta merecida, de alguém bem mais sensato, quando o adepto lhe respondeu que não poderia dizer o que sentia quando estava a falar para a televisão, embora admitisse fazê-lo dentro do estádio.
Perguntou ainda o mesmo descabelado o que pensava o adepto das afirmações do presidente do SCP que, dias antes do jogo, fez jus ao profissionalismo de Moutinho quando, antes, o tinha designado por maçã podre. E teve o que não esperava porque, segundo o adepto, o presidente tinha razão pois, no campo, nada há a referir quanto à postura e profissionalismo de Moutinho.
Claro que era evidente que a principal preocupação do repórter, numa intervenção em pleno telejornal, era puxar pelo mais sórdido, explorando o contexto da transferência de Moutinho para o FCP. Porque, certamente, é isso que rende, puxar pela baixeza, esperando ser recompensado. Teve azar. Mas não acredito que tenha aprendido alguma coisa, nem sequer percebido que levou uma lição.
O telejornal volta uma segunda vez às imediações do estádio. Quando chagavam os adeptos do FCP. Porque, certamente, se esperava que houvesse sangue. E nada. Nem uma gota. Mas, de novo, o mesmo descabelado repórter fez referência a… Moutinho.
Nestas e noutras similares situações, temos a RTP a pagar a pândegos, a utilizar equipamento, a roubar tempo ao telejornal, como se nada de mais importante, e enquadrável no que se deve ter como serviço público, houvesse para relatar.