terça-feira, 25 de outubro de 2011

Lisbon & Estoril Film Festival


Uma chuva de estrelas num diversificado leque de acontecimentos. Em dez locais, 2 no Estoril, 8 em Lisboa.
Antestreias, exibições em competição, com júris de luxo.
Mas, como antes, não se tratará apenas de cinema que terá, desta vez, a concorrência da literatura, artes plásticas e música.
E isto apenas para prestar tributo a um grande senhor, que tais coisas nos permite. A Paulo Branco, na sua qualidade de exibidor, já devíamos salas libertas de pipocas e coca-cola. Mas não fomos capazes de evitar, por falta de comparência nossa, o seu abandono das salas do Saldanha Residence.
Como produtor, muito lhe devem realizadores portugueses e estrangeiros.
E, agora, temos este alargamento do anterior Estoril Film Festival. Com a expectativa de 30 mil espectadores, mais 10 mil que no anterior festival.
E eu aqui ainda coxo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Em Florença, na Galeria dos Ofícios, Galileu sorriu


Verdade, embora não se fosse a tempo de captar tão significativo momento. Especula-se agora sobre os motivos do sorriso. Um sorriso misericordioso, diz-se.
Eu tenho uma versão: Galileu, com a ameaça da fogueira da Santa Inquisição, renegou as suas convicções, perante “um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo”, segundo Gedeão.
E agora sorriu, quando ouviu um ex-professor de finanças públicas, postura hirta, ali bem perto de si, confessar, pela primeira vez, o que era pressuposto saber há muito, e sabia, claro. Mas havia que primeiramente queimar alguém, pela omissão, pelo silêncio. Cobardemente.
Um arriscou a fogueira, outro ateou o fogo, procurando não sair chamuscado. Debalde!