“A seriedade moral na vida pública é como a pornografia, difícil de descrever mas imediatamente identificável quando a vemos. Descreve uma coerência de intenção e ação, uma ética de responsabilidade política. Toda a política é a arte do possível. Mas também a arte tem a sua ética. Se os políticos fossem pintores, tendo FDR [Franklin Delano Roosevelt] como Ticiano e Churchil como Rubens, então Atlee [Clement Atlee] seria o Vermeer da profissão: preciso, contido – e durante muito tempo subvalorizado. Bill Cliton poderia aspirar à dimensão de Salvador Dali (e julgar-se elogiado pela comparação), Tony Blair à posição – e cupidez – de Damien Hirst.”
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