Evadido de uma prisão de Veneza no verão de 1757, António
Mega Ferreira ficciona a presença de Casanova em Lisboa durante um período de
tempo em que se desconheceu o seu paradeiro. E por ele, Casanova, Mega ferreira
decide escrever seis cartas dirigidas a personagens importantes da vida de Casanova.
Estavam decorridos 2 anos após o terramoto e Lisboa continuava
como ficou após o tremor de terra, com a corte instalada em barracas construídas
para os lados de Belém, assim como parte significativa da nobreza. Casanova,
aliás Mega Ferreira, descreve o ambiente da altura: as intrigas da corte, os
ciúmes quanto ao então poderoso Sebastião de Carvalho, a miséria em que vivia a
generalidade da população. E, claro, havia que igualmente imaginar e relatar o
que poderiam ser envolvimentos amorosos à Casanova, por Casanova.
Um livro que se lê de uma penada, porque nos prende tudo
quanto caracteriza a envolvente histórica que, essa sim, não é mera ficção. E que fica bem descrita.
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