Um elefante
e uma pomba, disse o pai de Frida. Uma pomba que experimentou toda a solidão. Uma pomba mágica mas
permanentemente torturada, pelos males físicos, e por aqueles que lhes acrescentava o
elefante, com as suas permanentes traições.
Mas Diego
experimentava sempre um enorme vazio quando se afastava daquela pomba
prisioneira do seu corpo, senhora de uma arte com forma de animalidade.
Se para
Diego a arte era sobretudo um manifesto político, para Frida a arte era uma
condição de sobrevivência à ruína dos sentimentos e do corpo.
Uma vida de
amor permanentemente feito drama. Até ao fim.
Sem comentários:
Enviar um comentário