Eu chamo: parvalhão
É conhecido o episódio em que Marcelo escreveu e o Expresso
reproduziu que “Balsemão é lelé da cuca”. E veio-me isto à memória ao ler o inteligente
Henrique Monteiro porque, aqui sim, ter chegado a diretor do Expresso só mesmo
porque Balsemão, num qualquer momento, estava bem lelé da cuca.
De facto, só um inteligente fala-barato, sempre com
argumentação tão rasca que não ocorre ao careca, é capaz de coisas como esta,
no Expresso de 3 de Agosto.
Monteiro, qual historiador encartado, começa por lembrar que
em tempos idos havia quem recorresse à Inquisição, à PIDE ou ao KGB, para
denunciar quem se desviasse do pensamento oficial.
E para quê este recuo a tempos idos? Pois para comparar os
denunciantes daquelas épocas a quem hoje, nas redes sociais, fez eco das
declarações da tia da linha que costuma brincar aos pobrezinhos numa herdade da
Comporta.
Para que não se pense que estou a fazer uma abusiva interpretação
do que escreveu esta luminária, fica isto:
“Não havendo Inquisição, nem PIDE, nem KGB, recorre-se agora
às redes sociais e à própria comunicação social para fazer o que é possível: assassínios
de caráter.” E acrescenta: “É verdade, a natureza humana não muda, apenas os
modos de fazer se alteram. A liberdade de expressão ainda é entendida como a possibilidade
de o outro dizer o que cada um gosta. Quando tal não acontece, quando se sai da
cartilha, há uma alcateia de lobos disposta a trucidar o incauto. Fazem-no em
nome de um princípio, de uma ideia, de uma verdade, e acham que esses nobres
fins justificam a ação. Mas não era isso, palavra por palavra, que diziam inquisidores,
fascista e comunistas? Pois era…”
Parece que fala quem sabe da poda. De qualquer modo, o tom
moralista e o pendor censório assentam como uma luva a Monteiro.
E pagam a quem não tem nada para dizer?
1 comentário:
Não vale a pena gastar requiens com tão ruim defunto!
Abraço
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