domingo, 4 de agosto de 2013

Um cronista rasca

Eu chamo: parvalhão

É conhecido o episódio em que Marcelo escreveu e o Expresso reproduziu que “Balsemão é lelé da cuca”. E veio-me isto à memória ao ler o inteligente Henrique Monteiro porque, aqui sim, ter chegado a diretor do Expresso só mesmo porque Balsemão, num qualquer momento, estava bem lelé da cuca.
De facto, só um inteligente fala-barato, sempre com argumentação tão rasca que não ocorre ao careca, é capaz de coisas como esta, no Expresso de 3 de Agosto.
Monteiro, qual historiador encartado, começa por lembrar que em tempos idos havia quem recorresse à Inquisição, à PIDE ou ao KGB, para denunciar quem se desviasse do pensamento oficial.
E para quê este recuo a tempos idos? Pois para comparar os denunciantes daquelas épocas a quem hoje, nas redes sociais, fez eco das declarações da tia da linha que costuma brincar aos pobrezinhos numa herdade da Comporta.
Para que não se pense que estou a fazer uma abusiva interpretação do que escreveu esta luminária, fica isto:
“Não havendo Inquisição, nem PIDE, nem KGB, recorre-se agora às redes sociais e à própria comunicação social para fazer o que é possível: assassínios de caráter.” E acrescenta: “É verdade, a natureza humana não muda, apenas os modos de fazer se alteram. A liberdade de expressão ainda é entendida como a possibilidade de o outro dizer o que cada um gosta. Quando tal não acontece, quando se sai da cartilha, há uma alcateia de lobos disposta a trucidar o incauto. Fazem-no em nome de um princípio, de uma ideia, de uma verdade, e acham que esses nobres fins justificam a ação. Mas não era isso, palavra por palavra, que diziam inquisidores, fascista e comunistas? Pois era…”
Parece que fala quem sabe da poda. De qualquer modo, o tom moralista e o pendor censório assentam como uma luva a Monteiro.
E pagam a quem não tem nada para dizer?

1 comentário:

lino disse...

Não vale a pena gastar requiens com tão ruim defunto!
Abraço