Há um Côtto que tem uma Quinta e para quem, agora, saborear um tinto merece o ritual próprio de uma gasosa, de um pirolito, de uma coca-cola. Nada de rolhas de cortiça, diz a publicidade do Côtto, porque deixam sabor a cortiça. E é mais rápido, adianta o Côtto que tem uma Quinta, como se já houvesse competições sobre a rapidez com que se abre uma garrafa; como se um apreciador dispensasse o lento ritual da abertura, aquele som com que somos brindados por uma rolha de cortiça.
Para o Côtto, que tem uma Quinta, basta agora um vedante de alumínio. Amanhã sugerirá um copo de plástico que, aliás, está bem ao nível do vedante de alumínio.
Este Côtto, que tem uma Quinta, já teve melhores dias. Agora fica rotulado, para os devidos efeitos, de vinho a martelo. E este que me desculpe a ofensa.
3 comentários:
Nem mais! Abraço
Há produtores e enólogos que foram à Califórnia, Austrália, África do Sul ou Chile aprender com os de lá que tinham vindo aprender a Portugal. Cortiça? Mas que material tão provinciano! Sabor a rolha? Desconhecem que um português descobriu, há cerca de 5 anos, a razão da sua existência e como eliminá-lo.
Apoiado!
Abração
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