domingo, 27 de dezembro de 2009

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Coscuvilhices

Sobre as escutas ao primeiro-ministro, toda a gente já percebeu o essencial: por um lado, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha de Nascimento, no «uso de competência própria e exclusiva, proferiu decisões onde julgou nulos os despachos do Senhor Juiz de Instrução que validaram as extracções de cópias das gravações, não validou as gravações e transcrições e ordenou a destruição de todos os suportes a elas referentes»; por outro lado, as referidas escutas não contêm «indícios probatórios que determinem a instauração de procedimento criminal contra o Primeiro-Ministro, designadamente pela prática do crime de atentado contra o Estado de Direito». Mas o PSD, na linha da sua fuga para a frente, iniciada a 27 de Setembro, ainda não percebeu, ou melhor, percebeu mas faz-se de desentendido, e pede mais esclarecimentos ao Procurador-Geral da República sobre as badaladas escutas. No fundo, a actual direcção do PSD sabe que não tem propostas políticas que convençam os portugueses e apenas acreditam que só um escândalo tipo Tiger Woods lhes devolveria a dignidade perdida. Por isso, apostam na coscuvilhice. É muito pouco, muito pouco mesmo.

Por Tomás Vasques

Aqui http://hojehaconquilhas.blogs.sapo.pt/1063340.html


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