Era uma corte com saberes sob a forma de dogmas e, por isso, inimiga da liberdade de pensamento, indiferente a todo o humanismo e de uma feroz intolerância. E, para além disso, com o poder, absoluto, nas mãos de um rei louco, dependente e manobrável.
Tudo no auge do iluminismo em que a Dinamarca, apesar de tudo, se chega a envolver mas que sucumbe perante um fanático religioso, aniquilado que foi um arauto do iluminismo, no caso o médico real.
Haverá no livro muito de ficção, mas esta não será de todo alheia à realidade de então. E já há muito Hamlet tinha afirmado haver algo de podre no reino da Dinamarca.
E porque nem tudo é mera ficção é que vale a pena estar livre de um regime de pacotilha, de legitimidade insustentável, como é o monárquico.
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