Tido por pai da informática, com importante contributo no
desenvolvimento da ciência da computação, na formalização do conceito de
algoritmo, na criação dos modernos computadores.
Trabalhou para os serviços secretos ingleses construindo a
Bombe, máquina que permitiu testar todas as posições possíveis dos rotores das
enigmas - máquinas de encriptação - e, desse modo, decifrar as mensagens
trocadas pelas tropas alemãs. Com o impacto que se possa imaginar no desenlace da
Segunda Grande Guerra Mundial.
Contributos notáveis a todos os níveis. Mas era homossexual
quando na GB os actos homossexuais eram ilegais. Turing aceitou a castração
química como alternativa à prisão, sofrendo a humilhação da sua exposição
pública e de ver os seus seios crescer e as suas formas tornarem-se mais
femininas.
E suicidou-se aos 41 anos.
Um abaixo-assinado em 2009 pedindo a reabilitação da sua
memória mereceu apenas um lamento do então primeiro-ministro Gordon Brown pelo
tratamento dado a Turing.
O governo de David Cameron recusa o pedido de perdão oficial
com o pretexto de que Turing foi devidamente condenado por aquilo que então era
tido por crime.
Um conservador é isto: alguém sentado na merda feita no
passado. E feliz.
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