Era cor-de-rosa
mas apenas no papel em que se escreviam textos que, então, apenas no Comércio
do Funchal era possível ler. Um jornal feito na ilha por malta dos vinte e
menos anos e que no continente se divulgava de forma militante, particularmente
nos meios universitários. Jornal que se assinava e lia como ato de oposição ao
regime da altura, como se fazia com o Jornal do Fundão de António Paulouro e o
República de Raul Rego. Apesar de a censura ser para todos, estes eram
diferentes, ousavam ser diferentes, desafiando permanente os censores, seguidos
até onde era possível pelo Diário de Lisboa.
Embora com
outros mais colaboradores que fizeram história no jornalismo, Vicente Jorge
Silva era a sua alma. E foi no Comércio do Funchal que, certamente, adquiriu o
traquejo para mais tarde ser dos principais redatores do Expresso e o primeiro
diretor do então jornal de referência que era o PÚBLICO, que depois veio a ser destruído
pelo Zé Fernandes de triste memória e que agora é fiel colaborador do merceeiro do
Pingo Doce.
1 comentário:
O Comércio do Funchal acabou nas mãos do grande educador da classe operária, Arnaldo Matos, um vómito cor-de-rosa na feliz expressão do grande Mário Castrim.
Um grande abraço de Boas Festas
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