sábado, 14 de dezembro de 2013

Parabéns, Maria Velho da Costa!


Na forma de anúncio, a mensagem no PÚBLICO de ontem era clara: tratava-se de uma “Sessão Pública”, na qual seria entregue a Maria Velho da Costa o prémio “Vida Literária APE/CGD”. E mais: a sessão era “Aberta à participação de todos os interessados”.
Perguntei como era o acesso, se era necessário levantar senha, como por vezes acontece em eventos abertos ao público, certamente para evitar entradas acima da lotação dos espaços. E é então que me é perguntado se tinha convite, se me tinha inscrito. Manifestei a minha estranheza e dei a saber como conheci o evento, publicitado, sem qualquer condição prévia a satisfazer. Perante a minha insistência fui conduzido a uma representante da APE, que me perguntou se era amigo ou familiar e a quem respondi que, mais que isso, era leitor de Maria Velho da Costa. E simpaticamente lá sou conduzido à sala do evento.
Percebi depois o controlo, a necessidade deste controlo. O prémio seria entregue por pessoa cuja presença, se previamente conhecida, me desmobilizaria de forma clara.
E talvez tal presença explique a pouca afluência, sobretudo de pares da escritora, quase nenhuns. Porque não vale tudo, não se aceita tudo, mesmo que o facto de o prémio ter o imprescindível apoio financeiro da CGD obrigue a que se chame ao assunto gente que só por mero protocolo naquilo têm lugar. Porque nada tem a ver com uma escritora como Maria Velho da Costa, ainda que se refiram os tempos da faculdade e a amizade entre a escritora e a presidencial consorte.
Maria Velho da Costa merecia melhor.
Foto minha.

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