Na forma de
anúncio, a mensagem no PÚBLICO de ontem era clara: tratava-se de uma “Sessão Pública”,
na qual seria entregue a Maria Velho da Costa o prémio “Vida Literária APE/CGD”.
E mais: a sessão era “Aberta à participação de todos os interessados”.
Perguntei como
era o acesso, se era necessário levantar senha, como por vezes acontece em
eventos abertos ao público, certamente para evitar entradas acima da lotação
dos espaços. E é então que me é perguntado se tinha convite, se me tinha
inscrito. Manifestei a minha estranheza e dei a saber como conheci o evento,
publicitado, sem qualquer condição prévia a satisfazer. Perante a minha
insistência fui conduzido a uma representante da APE, que me perguntou se era
amigo ou familiar e a quem respondi que, mais que isso, era leitor de Maria
Velho da Costa. E simpaticamente lá sou conduzido à sala do evento.
Percebi depois
o controlo, a necessidade deste controlo. O prémio seria entregue por pessoa
cuja presença, se previamente conhecida, me desmobilizaria de forma clara.
E talvez tal
presença explique a pouca afluência, sobretudo de pares da escritora, quase
nenhuns. Porque não vale tudo, não se aceita tudo, mesmo que o facto de o
prémio ter o imprescindível apoio financeiro da CGD obrigue a que se chame ao
assunto gente que só por mero protocolo naquilo têm lugar. Porque nada tem a
ver com uma escritora como Maria Velho da Costa, ainda que se refiram os tempos
da faculdade e a amizade entre a escritora e a presidencial consorte.
Maria Velho
da Costa merecia melhor.
Foto minha.
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