Michel Onfray, constatada a queda das ideologias, recusa optar entre o cristianismo de Bush e o islão de Bin Laden, e adianta que viver sob o olhar de Deus não permite ao homem ser livre.
E exemplifica com o ódio às mulheres, à inteligência e à razão, aos prazeres do corpo, aos desejos, às pulsões, em que são coincidentes os três grandes monoteísmos, aliás, acrescenta, de um anti-hedonismo primário: viver na dor, no sofrimento, na recusa.
Por isso não lhe basta ser agnóstico, definindo-se antes como ateu militante. Segundo Onfray, não existindo Deus, dispensa-se uma moral fundada na eternidade.
É polémico. Interessa-me.
Conforme entrevista à Visão de 26-03-09
E exemplifica com o ódio às mulheres, à inteligência e à razão, aos prazeres do corpo, aos desejos, às pulsões, em que são coincidentes os três grandes monoteísmos, aliás, acrescenta, de um anti-hedonismo primário: viver na dor, no sofrimento, na recusa.
Por isso não lhe basta ser agnóstico, definindo-se antes como ateu militante. Segundo Onfray, não existindo Deus, dispensa-se uma moral fundada na eternidade.
É polémico. Interessa-me.
Conforme entrevista à Visão de 26-03-09
3 comentários:
Para que não fique sem comentário e, consequentemente, pensares que ninguém leu.
Sendo assim também comento.
Eu também li e, para além disso, estou de acordo com Michael Onfray.
Com certeza que este é um tema polémico e excelente para grandes discussões filosóficas, daquelas em que não há vencedores nem vencidos até porque são intermináveis.
Do pouco que sei acerca das Religiões, retenho que de facto todas elas se baseiam no conceito do desprendimento. Os fieis devem ser pobres e tementes a Deus, seja Ele qual for e sem esquecer que está em toda a parte.
Aos crentes mais liberais, digamos, atiram-lhes com a célebre frase que diz ser mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar nos Reino dos Céus. Calculo que seja por isso que há cada vez mais pobres e, nesse aspecto, a actual crise vem mesmo a calhar.
Só espero é que o Céu esteja preparado para um eventual e anormal afluxo de alminhas que fogem da miséria humana que lhes permitiu ganhar o direito de sentar à direita do Pai.
Já os ricos, coitados, para não pensar nas agruras que os esperam no Inferno, dedicam-se a viver à grande e à francesa e mantendo uma secreta esperança de que quando chegar a sua hora de entregar a Alma ao Criador os camelos tenham encolhido e/ou os buracos das agulhas tenham aumentado.
Alguém disse que “Tudo é eterno enquanto dura” e eu, nisso, acredito
Pois eu discordo em absoluto. O autor, originário do campesinato francês, deve ter estudado num colégio de padres. Eu também estudei, mas saí quando entendi. Além de não odiar mulheres, considero-me razoavelmente inteligente e racional e não tenho qualquer prazer no sofrimento, antes pelo contrário.
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