quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

HOLOCAUSTO FINANCEIRO


A expressão não é minha, é recente, e vai fazendo o seu percurso. E podemos estar, se é que não estamos mesmo, perante um nova forma de subjugação dos povos a partir da sua asfixia financeira e com consequências tão trágicas como a do holocausto em que as vítimas foram, sobretudo, os judeus.
Foram acertadas as medidas tomadas no pós-guerra quanto à Alemanha no sentido de lhe ser retirado tudo aquilo em que assentava o seu poder bélico de tão trágicas consequências. Mas, por distração ou conivência de tantos, a Alemanha, a quem foi permitida a reunificação, é hoje, como por diversas vezes o foi no século XX, uma ameaça que é conveniente não menosprezar, com uma nova arma: o poder financeiro que alcançou, articulado com o euro.
A Grécia já está a experimentar o que pode ser este tipo de holocausto. E não nos iludamos com as permanentes afirmações de que Portugal não é a Grécia. Hitler também seduziu uns quantos que, idiotas inúteis, foram espezinhados sem apelo nem agravo, quando chegou a sua vez.
Asfixiar as economias periféricas para comprar os seus ativos a preços de saldo pode ser apenas o começo de um drama em que ninguém, salvo o monstro alemão, se safará.
E mais vale ser agora contra esta voracidade alemã, que mais tarde, quando não houver remédio algum.
Não deixemos o monstro engordar ainda mais. E um alerta: um novo tipo de guerra pode já ter começado, e estamos quase todos desarmados. Como que anestesiados.
 

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