terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Um argumento original contra o novo Acordo Ortográfico


Somos mesmos originais. Mas alguns abusam e nada lhe acontece?
Um assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa apresentou queixa na Provedoria de Justiça reclamando que se declare inconstitucional o novo Acordo Ortográfico (AO) porque, repare-se, a Constituição foi redigida segundo a anterior ortografia. Para este ilustre professor, primeiro dever-se-ia fazer uma revisão constitucional para que a ortografia da Constituição fosse alterada e, deduzo, só depois se deveria aprovar o novo AO.
Mas como redigir a Constituição segundo um AO quando este ainda não podia ser aprovado por ser… inconstitucional? Não faz lembrar o caso do ovo e da galinha?
E se Camões se lembrasse de vir colocar em causa as modernas edições dos Lusíadas por não estarem conformes com a ortografia do seu tempo?
Claro que isso não lembraria a Camões que, mestre da língua, sabe que importante é o significado da palavra e não tanto a maneira como a grafamos ao longo do tempo.
PS. Texto provocado por notícia do Público de hoje.

Sem comentários: