Votou-o favoravelmente mas, confessa, “A disciplina
partidária reinante no nosso sistema político-partidário pode obrigar a votar o
absurdo”. Com canalhas desta estirpe, capazes de votar no absurdo, estamos bem
representados na AR.
Mas nisto Botas está bem acompanhado pois, afirma, “Até hoje,
não identifiquei, no meu círculo familiar e de proximidades, uma só pessoa que
se manifeste favorável ao famigerado Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa,
de 1990”. E isto quer dizer uma coisa: há muitos mais canalhas na AR, pois
certamente que entre os seus próximos se incluem outros deputados do PSD, se
não todos.
Apresenta Botas um argumento que se veja no espaço dado hoje
pelo Público? Não, até porque, e felizmente para nós, se recusa a discutir “as
teses da etimologia ou da fonética”. Apesar disso, Botas contabiliza ganhos e
perdas com esta tirada: “Podem os editores dum lado e doutro do Atlântico
esfregar as mãos de contentamento negocial, mas o seu ganho é minúsculo à luz
do nosso prejuízo maiúsculo”.
Uma tirada à altura de Botas. Um cromo, um impagável cromo.
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