Ana Isabel Trigo de Morais é diretora-geral da APED –
Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição e deu uma entrevista ao
PÚBLICO publicada em 24 de Dezembro. No meio das queixas das grandes
superfícies comerciais de quem vale a pena ter dó, uma resposta é bem elucidativa
do que são os grandes merceeiros deste país. Vejamos:
Pergunta
“A APED vai travar a lei sobre as práticas restritivas de
comércio e o novo diploma que alterou o prazo de pagamento a fornecedores?”
Resposta
“Este último diploma que refere vai alterar os prazos de
pagamento para todos os bens alimentares em Portugal que passam a ser de 30
dias desde que comprados a pequenos fornecedores, apoiamos essa medida, mas há
impacto na tesouraria das empresas. Diz-se que a grande distribuição, ao vender
o produto, fica logo com o dinheiro e pode pagar no dia seguinte ao fornecedor.
Mas quem paga o pessoal, a electricidade, as infra-estruturas?”
Ou seja: primeiro estão os salários do pessoal das grandes
superfícies, os seus mais variados custos e, depois, só depois, os salários e
custos suportados antes do lado do fornecedor. E dizem eles que isto não é um
excelente negócio. Que bom seria que o estado não interviesse nestes abusos.
1 comentário:
Com amigas como esta Sra. directora-geral, a APED e os seus associados não precisam de inimigas/os porque ao responder daquela forma confirmou que são os produtores que financiam as grandes superfícies, o que depois permite a estas fazerem campanhas de descontos mas sem perderem dinheiro.
Mas que maravilha!
Como alguém dizia, “com as calças do meu pai também eu sou homem”.
Enviar um comentário