Era particularmente nas suas voltas pelo país que a veia
literária do Venerando Chefe de Estado – o respeitinho é muito bonito – melhor se
destacava. Com muito gozo da nossa parte, porque discursos do Venerando eram
para ser passados integralmente no então muito oficioso DN. Assim era fácil, por
exemplo, preencher as pausas nos estudos em cafés com uma mirada no jornal para
lermos, com o sotaque presidencial possível, o último discurso do Venerando no decorrer da romaria que estivesse em curso.
E lá vinham as cenas do periquito oferecido já não sei por
quem, ou a dúvida sobre se aquela era a sexta ou sétima barragem a ser inaugurada, cenas
e cenas. De tão ridículos, a direção da Seara Nova chegava a ameaçar publicar
um discurso de Thomaz no espaço destinado a texto que a censura ousasse cortar.
E, por vezes, mais valia fechar os olhos que ver um discurso do Venerando numa
revista de tal modo opositora à ordem vigente que só para gozar o publicaria.
E tudo isto a propósito de quê?
É que parece estarmos a ver a repetição do fenómeno com os
comunicados passistas coelhistas, particularmente na sua página do facebook. É que já se notam grandes semelhanças, sobretudo ao nível do ridículo.
4 comentários:
A propósito de uma prosa muito intimista e choramingas que apareceu no Facebook (de novo as lágrimas assomam nos meus olhos), estranhei a reacção do PSD às críticas suscitadas.
Ora, se tão lacrimejante texto veio assinado com um muito familiar e despretensioso “Pedro”, porque razão veio o PSD fazer a sua defesa na Assembleia da República?
Deduzo que Pedro Passos Coelho e o “Pedro” sejam a mesma pessoa mas, a ser verdade, onde e quando é que cessa a função de primeiro-ministro e começa a de marido “da” Laura
A propósito de uma prosa muito intimista e choramingas que apareceu no Facebook (de novo as lágrimas assomam nos meus olhos), estranhei a reacção do PSD às críticas suscitadas.
Ora, se tão lacrimejante texto veio assinado com um muito familiar e despretensioso “Pedro”, porque razão veio o PSD fazer a sua defesa na Assembleia da República?
Deduzo que Pedro Passos Coelho e o “Pedro” sejam a mesma pessoa mas, a ser verdade, onde e quando é que cessa a função de primeiro-ministro e começa a de marido “da” Laura
A propósito de uma prosa muito intimista e choramingas que apareceu no Facebook (de novo as lágrimas assomam nos meus olhos), estranhei a reacção do PSD às críticas suscitadas.
Ora, se tão lacrimejante texto veio assinado com um muito familiar e despretensioso “Pedro”, porque razão veio o PSD fazer a sua defesa na Assembleia da República?
Deduzo que Pedro Passos Coelho e o “Pedro” sejam a mesma pessoa mas, a ser verdade, onde e quando é que cessa a função de primeiro-ministro e começa a de marido “da” Laura
O pedrito ainda não sabe que é primeiro-ministro 24h por dia. E já é tarde para aprender. É tudo tão falso naqueles discursos que qualquer dia, como o thomaz, segundo reza a anedota, rematará o discurso lendo a etiqueta das calças - 80% lã, 20% terylene.
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