“A responsabilidade dos partidos de oposição, em particular,
é muito séria. Sabemos que eles não governam, sabemos que eles nem sequer
concordam. Mas não precisam de governar nem concordar para fazerem três coisas
simples que, só por si, seriam uma formidável barreira à progressão desta catástrofe.
Primeira: falarem, sem precondições. Basta de pretextos
tolos. Façam reuniões, mesmo discordando, e digam-nos em que concordam. Por pouco
que seja, pode ser essencial.
Segunda: ponham limites a este governo. Enunciem claramente
as linhas vermelhas que vos levarão a abrir uma crise política, e ir ao
Presidente da República exigir-lhe ação.
Terceira: abram-se aos cidadãos e aos vossos eleitores, em
particular ao nível local, e deem-lhes liberdade para discutir alternativas
concretas a esta governação.
Precisamos de muito mais que isto. Mas isto é o mínimo que
se pode exigir. O governo perceberá que a oposição sai do seu marasmo e começa
a impor limites e regras, e a preparar-se para o substituir. Só isso pode deter
esta catástrofe. Façam-no, já.”
Rui TavaresPÚBLICO de 17-12-2012
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