terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um nababo, um vivaço, um artista.

Ficará na história do anedotário nacional, este maestro. Se não, vejamos: Miguel Graça Moura fez vida de nababo à conta da Orquestra Metropolitana de Lisboa, financiada por entidades públicas. E veja-se como: 3.200 euros em joias numa viagem à Tailândia; frequência de cabarets na Alemanha; camisas de seda e charutos; revistas Playboy , cuecas de fio dental e protetor solar infantil; até um frigorífico na Tailândia entrou nas contas.
Este nababo considerava isto, de acordo com o PÚBLICO, como despesas legítimas de representação.
Foi despedido, tinha que ser despedido. E está a ser-lhe exigido em tribunal o reembolso de 1,3 milhões de euros, que já compreende juros. O vivaço respondeu com uma ação por despedimento… sem justa causa e por valor superior ao esbulho dos dinheiros públicos.
São vários os argumentos deste vivaço para explicar este desmando. Mas, entre elas, a pérola é esta: “O que está em causa só pode ser percebido ao mais alto nível artístico e tenho dúvidas de que a justiça o perceba”.
Um artista.
 

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