… no seu habitual estilo, agora entrevistada por São José
Almeida, no PÚBLICO de hoje. A “insuspeita” entrevistadora teria que embrulhar,
na mesma pergunta à Dona Bonifácia, o Miguel Relvas e o ex-PM. O primeiro por ser quem
é, o segundo por ter aceite o convite de uma farmacêutica para trabalhar. E que
diz a propósito do segundo a Dona Bonifácia? Pois que a sua contratação permite
estabelecer uma relação com o seu papel político, o que, acrescenta a Dona Bonifácia, diz muito da falta de
brio e respeito por si próprio do ex-PM. Mas qual será a relação? Dona Bonifácia dispensa-nos de
saber. A bicada está dada, é tudo. Explicar ou provar dá trabalho.
Claro que a Dona Bonifácia pode agora ser membro do conselho
científico da fundação do merceeiro. Mas aqui nenhuma relação deve ser
estabelecida, dada a assumida competência da pedante para quem a preocupação
por cultura começa no limiar mínimo da “Guerra e Paz” de Tolstoi, “O Vermelho e
o Negro” de Stendhal, o “D Quixote” de Cervantes e um trio de Schubert, a par
da filosofia. Ser culto só daí para cima.
Na resposta à questão “Vivemos um fim de época histórica?” a
Dona Bonifácia arranjou artes para meter o António Costa. Porque este terá
afirmado, cito a Dona Bonifácia, que “nós gastámos na exata medida em que fomos
estimulados para isso”. “Irresponsabilidade”, clama Dona Bonifácia, que certamente
nunca se apercebeu da instigação ao consumo e ao endividamento por parte da
banca, esta sim altamente responsável pela dívida privada bem mais pesada que a
pública. E era a isto que Costa se referia.
Da extrema-esquerda a conservadora assumida, a D Bonifácia
surpreende sempre. De forma superior.
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