Uma ilha, menos de um milhão de habitantes, não pesando mais
que 0,2% do PIB europeu. Bem ajustado para uma canalhice de tipo novo por
parte da EU e de quem nela manda, nada mais que quem nos lembra os piores
horrores do nosso passado recente e para quem devem cansar os 60 anos de paz
entre os povos.
Quando se impôs o perdão à Grécia, a canalha conhecia
perfeitamente a exposição de Chipre à dívida grega, exposição que implicou a
perda de cerca de 4,5 milhões à banca cipriota e a que, certamente, se juntam
as habituais patifarias dos banqueiros.
Claro que o perdão à Grécia, se tramou Chipre, safou os
bancos alemães intoxicados igualmente com dívida grega, pelo que o perdão não foi uma ação
de misericórdia para com os gregos, mas um favor aos bancos de quem manda na Europa.
E como resolver agora o problema de Chipre? Pois nada como,
pela calada da noite, como é próprio dos bandidos, ir às poupanças dos
cipriotas na forma de depósitos bancários, num confisco que se estima em 5,8
milhões de euros.
O resgate de Chipre faz-se sob a “ajuda” de um valor acima de
10 milhões de euros. A perda com o perdão à Grécia mais o roubo dos depósitos é
de mais ou menos aquele valor. Estamos quites, dirão, à conta dos mesmos, sempre os mesmos.
Por cá, já temos novo slogan: Portugal não é Chipre, durmamos
descansados. Como se a canalha que já nos lixou até onde sabemos, sem acertar
uma, não seja capaz de nova canalhice, como agora aconteceu com Chipre.
Claro que se poderia falar de princípios atraiçoados, de
atitudes inqualificáveis, de falta de solidariedade, de quebra de confiança. Mas isso só faria sentido
se não estivéssemos perante os maiores canalhas da história, já a rivalizar com
Hitler, mesmo que os métodos sejam outros. Porque há muita maneira de ocupar ou
anexar um país e de estrangular povos.
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