Viegas e Barreto, uma parelha de cromos
Este governo
soube escolher cromos de mérito para a cultura. Um deixou marcas no recuo de
uma nomeação para o CCB, aceitando ser desautorizado pelo partido maioritário
que apoia ao governo de canalhas e, depois, quando olhou para o lado ao deixar
sair para o estrangeiro, de forma irresponsável e muito duvidosa por aparentar
ser um frete, um quadro de Crivelli. O outro, com aparência de quem surgiu não
se sabe donde, tal o ar esgazeado que exibe, tinha que ficar na história
igualmente por falta de jeito e sensibilidade para as coisas da cultura. A tal
ponto que hoje argumentou a favor da venda das obras de Miró como o faria qualquer
ministro das finanças deste governo, para quem arte se resume à pergunta “quanto
rende isso?”.
O problema
da política da cultura já não está apenas na exiguidade das dotações
orçamentais. É que, como cromos como estes, estamos mesmo lixados, seja qual for o orçamento.
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