terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Dois cromos na SEC

Viegas e Barreto, uma parelha de cromos
 
Este governo soube escolher cromos de mérito para a cultura. Um deixou marcas no recuo de uma nomeação para o CCB, aceitando ser desautorizado pelo partido maioritário que apoia ao governo de canalhas e, depois, quando olhou para o lado ao deixar sair para o estrangeiro, de forma irresponsável e muito duvidosa por aparentar ser um frete, um quadro de Crivelli. O outro, com aparência de quem surgiu não se sabe donde, tal o ar esgazeado que exibe, tinha que ficar na história igualmente por falta de jeito e sensibilidade para as coisas da cultura. A tal ponto que hoje argumentou a favor da venda das obras de Miró como o faria qualquer ministro das finanças deste governo, para quem arte se resume à pergunta “quanto rende isso?”.
O problema da política da cultura já não está apenas na exiguidade das dotações orçamentais. É que, como cromos como estes, estamos mesmo lixados, seja qual for o orçamento.

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