Pode haver muitos motivos para se sacar de uma garrafa e
tocar a andar. Ai era ontem? Paciência, mas já não deu. Faltam as passas? Pois
que se lixe. Prefiro figos, pinhões, nozes, caju…
Será isto para dourar o discurso do manhoso ocupante de
Belém que decorre enquanto beberico ? Nem pensar. O gajo que vá para o diabo
que o carregue. E a bebericar assim nem dei pelas merdas que terá dito, que
isto não dá para tudo: beber e dar atenção a um merdas, ao manhoso do palácio
de Belém.
Bebo então por quê? Porque estou bem-disposto. E estou bem-disposto
por quê? Isso queriam vocês saber. Mas é segredo de estado. E mais não digo.
Perguntarão: Ó meu, escreveste isto para quê? Não para vos
atazanar, descansem. Mas sei que há alguém que sabe a razão. Mas quem,
perguntarão? Não estou autorizado a revelar.
Aquele que ali, à direita pergunta, pergunta se não estou bêbedo,
tem direito a isto: vai-te lixar, pois um bêbedo não discorreria deste modo,
nem mandaria para o raio que o parta o manhoso de Belém, nem insistiria ter uma
boa razão para comemorar. Há coisas que nos acontecem e justificam todo o
desvario. Hoje foi o meu dia, ou noite, sei lá eu.
Sem comentários:
Enviar um comentário