Depois de ler e reler o “Discurso Sobre o Filho-da-Puta”
do Alberto Pimenta, tive que admitir que tal personagem existe, sob as mais
diversas formas ou disfarces, em muitos lugares. Os filhos da puta não são
criações literárias, são personagens de carne e osso. Mas há filhos da puta que
ultrapassam tudo, espécies que certamente não ocorreram a Alberto Pimenta,
naquele ano de 1977, como é o exemplo de um requintado filho da puta, capaz de
escrever isto: “obedeço à minha consciência e mais não posso fazer” pelo que “o
pedido de demissão” “é irrevogável”. Mas não era, nem foi.
Este filho da puta discordava da indigitação de uma
ministra e, garantia, aceitar tal companhia “seria um ato de dissimulação”, nem
“politicamente sustentável, nem pessoalmente exigível”. Mas filho da puta é capaz
disto e do seu contrário.
O refinado filho da puta tinha-se por mal tratado no
governo, por não lhe darem a importância que tem por devida e, por isso, tinha
o seu contributo por “efetivamente dispensável”. Mas recuou, como faria
qualquer filho da puta.
Mas o melhor filho da puta vê sempre recompensada a sua
filho-de-putice. Por isso está indigitado vice PM, sendo quase certo que terá
um manhoso cobarde a garantir-lhe, entronizando-o, que vale bem a pena ser-se
um grandessíssimo filho da puta.
Sem comentários:
Enviar um comentário