Foi numa livraria que já era, no Rossio, lado do
Nicola, com uns dois ou três degraus até chegar aos expositores e estantes,
naqueles tempos em que as livrarias também tinha livreiros que conviviam com escritores e leitores.
E foi ali que fui cravado pelo Luiz Pacheco,
impingindo-me esta fotocópia, mas numerada e assinada a lápis, como se o fosse
uma serigrafia. Mas o papel não é de serigrafia e tudo indica que, a partir de
um original de H. Mourato, foram feitas 50 fotocópias, posteriormente numeradas
e assinadas. Mas que se lixe! Pacheco deve ter pedido 20 paus ou coisa assim,
ficou feliz, e eu guardei até hoje esta pérola.
E que se lixe porque a fotocópia vinha acompanhada de
um bónus: um cartão que, referindo-se ao nº 7 atribuído à minha serigrafia,
aliás fotocópia, diz isto: “7, nº Ka-ba-lís-tico (não confundir c/ KA-VA-KU ou KA-DI-LHE)”
e isto aparenta ser música do Pacheco, numa altura em que o governo era um dos do
KA-VA-KU.
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