Coerente com a sua filosofia de base, o Governo só tem para apoiar as famílias mais duramente atingidas medidas assistencialistas. No domínio da protecção social, o “plano de emergência” tenta cobrir os ombros com o pano que falta para os pés. O mesmo se passa com o emprego: políticas minimalistas tentam dissimular um problema que só o crescimento económico devidamente orientado pode ajudar a resolver.
Entretanto, as instituições particulares de solidariedade social não têm mãos a medir com uma procura que ultrapassa a sua capacidade de resposta, mesmo a de natureza assistencial.
Importa que sejamos claros: medidas e políticas assistencialistas, embora insuficientes, são necessárias, na ausência de outras mais humanas e ditadas pela justiça. É preciso que se continue a fazer o que se faz e que se faça mais, mesmo que na mesma linha. O drama está em considerar o existencialismo como um ideal que enobrece os governos.
(…)Alfredo Bruto da Costa - PÚBLICO, 07-01-2013
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