segunda-feira, 14 de outubro de 2013

"Estou vivo e escrevo sol", acreditem que sim!


A chamada surge no visor do telefone como anónima, mas era domingo e um pouco antes das dez da manhã. E apenas por isso rompi com a regra de não atender tais chamadas, admtindo não se tratar de uma daquelas com que tentam infernizar-nos a vida, para nos impingirem isto ou aquilo.
“Bom dia… é da casa do Armando?” Sim, confirmei. “O Armando está?” Está, respondi. “E posso falar com ele?” Está mesmo a falar com o Armando, esclareci. Mas quem fala? “É a L… e que alívio ouvir-te”. E porquê? “Porque um conterrâneo teu me perguntou se eu sabia que tinhas morrido”. Cala-me essa boca, pedi… E a conversa continuou, comigo a olhar aqui o meu lado esquerdo, um dia carregado de sol. Talvez por isso só hoje recordei o que se passou ontem, acabado de me levantar. O dia estava excelente, o sol brilhava… E talvez por isso me tenha ocorrido então o “Estou vivo e escrevo sol” do António Ramos Rosa, confirmando, para os devidos efeitos, que estou. A sério que estou.

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