Pelos menos para não sermos tomados, de forma excessiva, por parvos.
É que este mediático juiz melindra-se porque o Secretário de Estado da Justiça se refere à Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) tratando-a por sindicato. Mas que ofensa, que acinte, que sensibilidade à flor da pele, meu Deua! Porque raio, se de sindicato não se trata, fizeram questão de a rotular de sindical? É mero pormenor ou é a substância?
E volta o Citius. Com tiradas mirabolantes. É que, para o presidente da ASJP, a "propaganda" (sic) do governo, segundo a qual as críticas ao Citius não são mais que a “resistência de alguns à mudança”, pode ter como resultado que nem a Assembleia da República o fiscalize, nem o Conselho Superior da Magistratura, nem a Procuradoria-Geral da República exijam a administração do sistema.
Mas ninguém será capaz de explicar ao juiz sindicalista que, se tal acontecer, é porque ele e a sua ASJP não são capazes de convencer a AR, o CSM e a PGR das suas razões? E que isso é exclusivamente culpa sua e da associação a que preside? Ou quer uma ajuda, com o silêncio do governo às críticas feitas? Se ele não se cala, opinando sobre tudo, por que se deveria calar o governo?
Será assim que se credibiliza uma classe?
Depois, claro, temos uma justiça que é assim e assado. Se calhar uma coisa não tem a ver com a outra, sobretudo se a diferença estiver na beca ou na toga.
Lendo “A propaganda e os factos sobre o Citius” – António Martins
Público de 07.03.09
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