Gosto de livros de memórias e de diários. Que nos permitem
experimentar as emoções com que outros viveram tempos e circunstâncias de que foram testemunhas privilegiadas, abordando acontecimentos que fizeram
história, assim como episódios da vida dos seus protagonistas.
Claro que estaremos sempre perante uma visão muito pessoal,
subjetiva, incompleta, muitas vezes sem a possibilidade de a ver contraditada,
relatos imperfeitos ou incompletos.
Gore Vidal, pessoa de vida cheia, deveria proporcionar-nos o
prazer de nos imaginarmos lá, nos tempos que viveu, junto das pessoas com quem
conviveu, muitas delas monstros sagrados nas artes, nas letras, na política. Mas
ficou aquém das minhas expectativas.
Depois, na versão portuguesa foi muito mal servido pela
tradução ou revisão do texto. Um desastre quanto à arte de escrever português, e
não só. De facto, não lembra ao diabo designar o Concílio Ecuménico Vaticano II
por “Segundo Conselho do Vaticano” ou as guerras preventivas de Bush por
guerras de “preempção”. Não havia necessidade.
Vou agora passar a “Os Anéis de Saturno” de W. G. Sebald.
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