Paul Bowles
E de novo as leituras são como as cerejas. Desta vez a
partir da leitura em curso – “Navegação Ponto Por Ponto” de Gore Vidal – um livro
de memórias.
Gore refere Paul Bowles – escritor, compositor e viajante – entre
as suas muitas relações pessoais, no caso uma relação aparentemente não isenta de mal-entendidos.
Segundo Gore, Bowles odiava o seu país, os USA, e isso pode explicar, admito
eu, a sua vida de nómada que o leva a instalar-se em Marrocos (Tânger) onde
viveu 52 anos, o que não impediu que visse a ser enterrado em Nova Iorque. A
escolha de Tânger, diz-se, deve-se muito à suavidade do ambiente, à tolerância
quanto à homossexualidade e consumo de drogas, pelo menos naquela altura.
A leitura do seu livro “O céu que nos protege”, e que deu no
filme “Um Chá no Deserto” de Bertolucci, foi-me sugerida como preparação de uns
dias de férias em Marraquexe, por parte de quem sabe. E li com prazer uma
narrativa que tem muito de autobiográfico e que é muitas vezes pesada e cruel.
Mas, tendo apenas a referência à sua atividade de escritor,
estava longe de saber que, por cá, a pretexto do seu centenário, se realizou um
concerto com música sua organizado pelo Centro de Estudos Anglísticos da
Universidade de Lisboa, com o pianista António Rosado entre outros. Uma
descoberta googliana.
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