quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cronicando a vida (*)


 Parque junto ao rio da Costa - Odivelas
Olho-te, mas não experimento a amenidade de uma sombra, nem posso gozar do barulhar das tuas folhas apesar da brisa que corre. E quanto a folhas, apenas as por ti geradas poderiam suscitar o estender de um abraço, nunca as que te colasse e que não resistiriam à falta de seiva, por seca seres. Irremediavelmente.
Mas houve razões para de ti me aproximar e essas permanecem, razões do domínio do meramente racional, como é o caso deste efeito estético, de seres diferente de tantas outras iguais, lá ao fundo, mas sem, como elas, suscitares as emoções que fariam de ti a primeira. No fundo, são as emoções que nos (tr)amam.

(*) Porque a vida é uma desejável doença crónica.

Sem comentários: