“Já o cravo tem uma agressividade que vem de certa
irritação. São ásperas e arrebitadas as pontas das suas pétalas. O perfume do
cravo é de algum modo mortal. Os cravos vermelhos berram em violenta beleza. Os
brancos lembram o pequeno caixão de criança defunta: o cheiro então se torna
pungente e a gente desvia a cabeça para o lado com horror. Como transplantar o
cravo para a tela?”
In “Água Viva”, Clarice Lispector
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