Uma narrativa que acaba por se transformar num leve ensaio
sobre o desejo e a especulação sobre o destino.
“E assim prosseguimos com as nossas vidas, cada um para seu
lado. Por mais profunda e fatal que seja a perda, por mais importante que seja
aquilo que a vida nos roubou – arrebatando-o das nossas mãos -, e ainda que nos
tenhamos convertido em pessoas completamente diferentes, conservando apenas a
mesma fina camada exterior de pele, apesar de tudo isso continuamos a viver as
nossas vidas, assim, em silêncio, estendendo a mão para chegar ao fio dos dias
que nos coube em sorte, para logo o deixamos irremediavelmente para trás. Repetimos,
muitas vezes, de forma particularmente hábil, o trabalho de todos os dias,
deixando na nossa esteira um sentimento de um incomensurável vazio.”
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