Que peixe…
“O peixe para grelhar tem que ser imaculadamente fresco, e
essa é uma das razões pela qual se desenvolveu uma cultura de peixe grelhado em
Portugal.”
“Mas nem todos esses peixes são vocacionados para serem
grelhados. Os peixes mais secos só com muita boa vontade aguentariam esse
tratamento. Na prática, pescada, pargo, peixe galo, fanecas, são alguns dos
peixes que não costumam ir à grelha.”
“Há muitas formas de grelhar o peixe, mas normalmente a
preferida é no carvão. Segundo Jorge Sousa, grelhador-mor do Bar do Peixe, no
Meco, grelhar peixe requer uma série de procedimentos e sabedorias que só com
ao nos se reúnem. Como grelhar no carvão é uma actividade complicada e suja, o
hábito é fazê-lo fora de casa, nos restaurantes*. Sousa sintetizou algumas
recomendações para um bom peixe grelhado. Em primeiro lugar, claro, a qualidade
do peixe. O peixe para grelhar é sempre um peixe nobre, mesmo que seja muito barato
como as sardinhas. Os peixes menos nobres ou já menos frescos devem ser
tratados de outra maneira, e aparecem nas caldeiradas e outros pratos que
integram sabores mais ricos.”
* Prefiro o ar livre. Um jardim, por exemplo.
Que sal…
"Deve utilizar-se sal grosso e o menos refinado possível. Ao
virar, remover o excesso de sal com um pincel. É fundamental usar uma grelha
velha e grande, com espaço para gerir as brasas com cuidado. As brasas serão
feitas ao lado e transferidas para a zona do peixe à medida que são
necessárias.”
Ritmo e temperatura…
“O calor moderado é mais um factor decisivo. Um pregado de
6 kgs chega a levar uma hora a grelhar. Se apanhar demasiado calor no
princípio, é inevitável que fique demasiado queimado por fora quando o interior
cozinhar.”
Luís Antunes, PÚBLICO/Fugas de 26-05-2012
E fica o essencial quanto ao peixe, ao sal, à grelha, as
brasas e o ritmo da confeção.
Saiam uma sardinhas para esta mesa, sff.
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