“O editor do Evening Post vivia na ilusão de pertencer à
classe dominante. Filho de um funcionário dos caminhos de ferro, ao longo dos
vinte anos que tinham decorrido desde que saíra da escola subira rapidamente no
escalão social. Quando sentia necessidade de se reassegurar, lembrava a si
mesmo que era diretor do Evening Post Ldt. e um formador de opinião; e que o
salário que auferia o colocava nos nove por cento de chefes de família
privilegiados. Nunca lhe ocorrera que jamais se teria tornado um formador de
opinião se as suas opiniões não coincidissem exatamente com as do proprietário
do jornal; nem que a sua liderança era controlada pelo proprietário; nem que a
classe dominante é definida pela riqueza e não pelo rendimento auferido.”
E, por estas e semelhantes razões, muitos são os iludidos que andam por aí.
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