Há oito dias, falou pausadamente, gasparianamente,
martelando as palavras. E, em resumo, para este canalha com pretensos ares de
estadista, havia uma linha vermelha que não poderia ser ultrapassada. E criou,
para muitos, a expectativa de que assim seria, embora se saiba ser uma criatura
medonha capaz de vender a alma ao diabo, desde que o deixem como ministro.
Antes, desde há muito, num estilo populista digno de um
filho da puta, autointitulava-se o defensor dos pensionistas, elegendo os seus
interesses como causa do partido, embora um partido de retintos canalhas,
usando feirantes, rurais, velhos e antigos combatentes para base de apoio eleitoral e,
depois, como carne para canhão, como agora se reafirma no apoio dado a uma
medida bárbara.
Era tido como o mais esperto, o mais sagaz politicamente,
capaz de comer as papas na cabeça do outro. Mas, espremido, é isto: um filho da
puta, uma reles criatura, digno de ser o alvo de uma bala amiga. O outro, nunca
escondeu ao que anda. Este quis passar por paladino dos mais fracos de que se
serviu e serve apenas para manter o seu estatuto. Por isso, entre ambos, este é
o mais miserável, porque o mais aldrabão e o maior canalha.
Uma coisa: continuo a admitir que este gajo está preso –
condicionado – pelo negócio dos submarinos. Enquanto isto não for deslindado, por
lá andará, mas apenas com direito a fazer umas fitas a fingir que tem voz e
posição políticas distintas, enquanto suporta, com os votos dos incautos, um
governo de farsolas.
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