Com origem na fraude e evasão fiscais, o que anda por aí –
offshores e paraísos fiscais – está estimado em 14 biliões de euros o que se
traduzirá numa perda de receitas fiscais na ordem dos 120 mil milhões de euros.
Na UE dedicam-se a esta indústria países como Luxemburgo, Holanda,
Chipre, Malta, Irlanda e Letónia, além de territórios ultramarinos ou
associados de países ou dependentes de países europeus como Andorra (França),
Gibraltar (Reino Unido) e Aruba (Holanda). No caso de Portugal, 19 das 20
empresas do PSI – as maiores – têm 74 sociedades com sedes em países com
vantagens fiscais na comparação com Portugal, sobretudo na Holanda, mas também
no Luxemburgo e na Irlanda.
O tema, pelo que tem de escandaloso, está permanentemente em
agenda nas reuniões do G20 e nas cimeiras dos líderes da EU. Sempre para adiar
qualquer decisão na reunião ou encontro seguintes.
E não vale a pena ter ilusões quanto a isto. Os governos e,
por eles, os órgão da EU e outros organismos internacionais estão
condicionados, senão reféns, dos interesses que se escondem por detrás desde
biliões. Os governos, a EU e outros organismos internacionais estão ao serviço
desses interesses e são com eles coniventes quando, como alternativa, exploram
e roubam sempre os mesmos. Porque apenas os governos, a EU e outros organismos
internacionais poderiam pôr termo a isto. A única justificação para não atuarem
está no facto de comerem da mesma gamela, de terem direito ao estatuto de
nababos, ainda que à conta de meras sobras. Este o preço da sua cobardia.
PS. Dados da ONG Oxfam, citados pelo PÚBLICO de 23-05-2013.
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