Há gente assim, e de um canalha só se esperam canalhices. E isto
para ser simpático, para não o chamar de antipatriota, que ele nem deverá saber
o que é isso. A ter pátria é as dos interesses, a dos mercados que nos sugam, a
do mundo da finança que lhe suporta o estatuto de nababo. Tudo a compensar os fretes de traição.
De facto, como não explodir de ódio perante um governante
que ousa afirmar o que se sublinha na notícia do site www.dinheirovivo.pt “O governante
adiantou que, "ao nível do país, a mudança é ainda mais difícil",
porque existem "grupos de interesse, lóbis, vozes minoritárias que
beneficiam do 'status quo' e uma mentalidade conservadora"?
Mas este imberbe canastrão, que então se dirigia a uma
plateia de investidores estrangeiros, não é capaz de perceber que as suas
palavras podem ter o efeito contrário ao que pretende quando fala assim do seu
país, dos seus empresários e dos portugueses em geral? Mas será que este
canalha admite que qualquer dos presentes aceitaria que um seu governante se
apresentasse deste modo perante estrangeiros?
Pelo mesmo canalha e no mesmo local foi ainda afirmado que "O
mercado imobiliário teve alterações dramáticas nos últimos anos e sabemos que
mudar é difícil e as companhias fazem tudo para resistir até ser, às vezes,
demasiado tarde", pelo que "muitas empresas e pessoas só acabam com
os maus hábitos quando enfrentam os choques". Como, sendo assim, não
perceber as atitudes e discursos punitivos de certos países, a começar pela
Alemanha?
Estamos feitos com gente desta, com estes dez mil-réis de
gente… Deus andou mal quando distribuiu os craques pelo mundo. Este deveria ter
sido destinado aos infernos, se o diabo fosse capaz de nos fazer o favor de o aceitar.
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