Reação de Luiz Pacheco quando soube, onde esteja, deste caso.
Para além do Bica do Sapato, os senhores administradores da
Gebalis, à conta desta, frequentavam também o Gambrinus, o Porto de Santa Maria,
no Guincho, e outros locais de “requinte gastronómico”, como é o caso do Búzio,
na praia das Maçãs. E por que aqui? Porque um senhor administrador estava de
férias e, para não ir a Lisboa – fica de facto muito longe – fez deslocar cinco
ou seis trabalhadores da empresa para trabalharem com ele na praia das Maças, com
direito a almoço que custou 338€ à Gebalis, isto é, quase 50€ ou mais por
cabeça, conforme se trate de 6 ou 7 pessoas. É de ficar a arrotar toda a tarde.
Um outro administrador chegava a gastar 2.000€ mensais em
refeições. E quando se perguntava porque não usava, para isso, a verba atribuída
para despesas de representação, a resposta é que considerava tal verba como
integrando o ordenado, logo intocável. Este mesmo administrador pagou com o
cartão de crédito da Gebalis a aquisição do livro “O Grande Livro do Bebé – O primeiro
ano de vida”. Para quê? Simples de explicar: a Gebalis ia criar creches. Mas qual
o conteúdo do livro? Não sabia, porque não leu o livro que, aliás, também não foi
encontrado na Gebalis. Já o MP3 igualmente comprado com o mesmo cartão de
crédito era para ouvir música na sala do conselho de administração.
Um regabofe.
Mas o que me revolta é a falta de jeito e o descaramento com que se justificam
estes desmandos. Só por isso, esta gente deveria ficar a pão e água no resto
das suas vidas. Sem prejuízo do reembolso do que… roubaram e das inerentes
penas.
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