segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Heil... Merkel!


“Com a subtileza de um elefante numa cabine telefónica, Merkel irá impor, hoje, ao Conselho Europeu o seu pomposo “Tratado sobre a Estabilidade, Coordenação e Governança na União Económica e Monetária”. É pegar ou largar.
[…]
“Este fim de semana, tivemos uma aproximação ao que se pretende, com a fuga de um documento alemão que visa obrigar a Grécia a transformar-se num protectorado, governado por um Comissário, que mais parece um Gauleiter. O princípio orçamental seria: “Primeiro paga-se aos credores, e as migalhas que sobram vão para o povo.” A democracia seria suspensa, pois o parlamento e o próprio executivo de Atenas seriam meras entidades decorativas. A Europa vai a correr para uma catástrofe. O Tratado de Merkel é um copo de cicuta. Um Tratado, verdadeiramente? Já li declarações de guerra escritas com mais educação e elegância.”
Viriato Soromenho-Marques, Professor Universitário
DN de 30-01-12

Passatempo, com patrocínio de um cromo da nossa praça

Quem escreveu o texto que segue, final de uma crónica do DN de 30-01-12?
a)    O inenarrável João César das Neves
b)    O inenarrável J. César das Neves
c)    O inenarrável João C. das Neves
“O Pacto MFA-Partidos não teve consequências por ser parte da vaga marxista que já se aproximava do fim, após rugir há cem anos. Mas os ataques à família ainda crescem imparáveis para o auge. Será a tibieza do actual Governo mais parecida com os Acordos de Munique de 29 de Setembro de 1938, em que tímido Neville Chamberlain cedeu à violência triunfante de Hitler, precipitando como cúmplice a futura catástrofe?”
A onda lasciva está mais perto do fim do que parece. Já chegou à velhice a geração do amor livre, Woodstock e Maio de 68. E será a velhice mais longa e solitária de sempre. Com uma pesada herança de famílias desfeitas, filhos e netos alheios ou não nascidos, promiscuidade, traição, luxúria, enfrenta agora o teste definitivo. As gerações seguintes aprenderão depressa esta triste lição.”

Saúde pública versus saúde privada, segundo Sobrinho Simões


Excertos da entrevista ao Público de 29 de Janeiro de 2012.
“O caso da saúde [do SNS] é uma história de sucesso extraordinária. Nos países em que foi mudado o sistema no sentido da iniciativa privada a saúde piorou e ficou mais cara. Os EUA têm um sistema de saúde pior do que o nosso em todos os indicadores e muito mais caro. Portanto, não acho que em nenhuma circunstância seja defensável pensar em acabar com o SNS ou sequer fragilizá-lo.”
[…]
“Acho muito bem que as pessoas que queiram escolham hospitais privados para ter crianças. Agora, tinha que existir um acordo com os hospitais privados onde há partos e, quando as coisas dão para o torto e elas vão parar às maternidades e hospitais centrais, parte do dinheiro que as pessoas tinham pago revertia para o público. Às tantas, temos tudo o que é rendível nos privados e tudo o que dá despesa é pago por todos nós.”
[…]
“Sou totalmente a favor de reforçar o público, no ensino, na investigação e saúde. Se for preciso aparando as arestas, mas reforçá-lo. Continuo a achar que é criminoso acreditar que a medicina privada e a privatização é melhor. É pior em custos e em eficiência e qualidade.”
[…]
Não tenho nada contra a existência de áreas de saúde que, com regras claras, estejam privatizadas. Mas privatizar o SNS de uma forma disfarçada com a ideia de que os privados gerem melhor que o público? Não. Conheço públicos e privados que são horrorosamente geridos. Todos nós já chamámos canalizadores a casa! Todos nós já recorremos a serviços privados que são muito maus.”

domingo, 22 de janeiro de 2012

Recordando a Costa Brava...


No ípsilon / Público a recensão a esta obra de Pla atribui-lhe uma classificação de 5 estrelas, a máxima.
E, lendo o texto, eis que são referidas as localidades de Figueres, Roses, Cadaqués. Tudo numa zona de afectos naquele espaço da Costa Brava, e que nem o fantasma de Dali consegue perturbar, tal o magnetismo que lhe é peculiar.
A Roses já tinha voltado com a leitura da “A Viagem do Elefante”, pois é em Roses que, segundo Saramago, o elefante é embarcado em direcção a Itália. Agora espero voltar a experimentar antigas sensações, lendo este Pla.