sábado, 28 de fevereiro de 2009

Temos um bruxo, travestido de jornalista...


Este já sabe o que se vai passar no congresso do PS, conforme acaba de anunciar ali na SIC-N. Mas, ameaça, ficará até domingo, para ver o que já sabe.
Não terá mais que fazer?
Ah! E também teve as respostas que já esperava, nomeadamente quanto ao caso Freeport. Porque raio terá perguntado ou mandado perguntar?
Falta de jeito?
Mas queda para bruxo não lhe parece faltar. Agora só terá que montar banca.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Quando se quer ser fenómeno...

Lia mais ensaio do que literatura. Gostava de coisas mais directas, por isso preferia os autores existencialistas, que problematizavam matérias sobre as quais, ele também, se interrogava. E exemplifica, afirmando ter lido Kafka muito depois da Fenomenologia do Ser, de Sarte.
Também leu Voltaire muito antes de Camilo ou Eça. E Mao? Claro, aos 14 anos estava lido o Livro Vermelho.
Mas, Pedro, que obra é aquela de Sartre? O Ser e o Nada (no original L’être et le Néant) aborda o tema, a fenomenologia. Aliás, o subtítulo, no original, é mesmo Essai d'ontologie phénoménologique.
Mas Fenomenologia do Ser? Sarte diz que não, que não se lembra de ter escrito.
E agora? O outro Pedro foi gozado com os tais concertos para violino... que também mais ninguém conhecia.
Sobre entrevista de Pedro Passos Coelho à revista Pública de 22-02-09.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Voltou a ser nosso...

"Súplica de Inês de Castro" - Vieira Portuense
A família real levou-o para o Brasil, no início do século XIX. Desde então esteve escondido, até que apareceu num leilão, em Paris.
Alguém o comprou – fala-se em empresário português não identificado, mas tb se diz que foi a Fundação Caixa Geral de Depósitos quem o adquiriu – e já está no Museu Nacional de Arte Antiga. Ainda bem. Privado ou público, pode ser visto por quem queira.

Chico fininho…

A Caixa Geral de Depósitos é nossa. Por isso, por ela responde, em último caso, quem nos governa. Porque é nossa, no mercado não se pode comportar como se fosse de alguns, fazendo merdas.
Claro que a sua gestão deve ser independente, mas isso não justifica tudo. Nem a dispensa de ser transparente. Logo, a tutela não se pode desculpar com a sua independência, tolerando qualquer asneira, sobretudo as grossas. Caso contrário deixa de fazer sentido que haja tutela, embora a Caixa seja de todos. Nossa.
O Ministro Teixeira deveria perguntar ao Presidente Oliveira, de forma muito clara:
“Ó meu, mas que merda é essa do negócio com o fininho? Será que isto de ter a Caixa nas mãos de militante do PSD é para ver lixadada a tutela, o PS?”.
E não deveria, o Ministro, aceitar justificações esfarrapadas. Porque não se deve aceitar por 10 o que vale 7,5. Nem essa treta de se ficar com uma posição de controlo, face a uma maioria mais que suficiente para que o controlo se reduza a nada. Se Oliveira não percebe isso, então que se arranje um Silva mais capaz. E Silvas capazes há muitos.

Entrevista ou comício...

... Augusto Santos Silva e Jerónimo de Sousa aceitaram ser entrevistados. Paulo Portas, neste momento, ainda discursa. Como em comício.
O formato deveria ser o mesmo. Mas a coitada da Ana não tem pedalada para isto.
Ali, na SIC-N, neste momento.
Faz-me lembrar a "entrevista" de Crespo a Jardim.
Olha... Portas aceitou os pedidos da Ana. Que já se tinha ultrapassado o tempo. E calou-se, ou desligaram-no, sei lá.

Quando tanto se fala de medo... (*)

... louve-se este acto de coragem.
(*) de modo intenso, o M Crespo.

Gustave Courbet, um mestre do realismo

"O Atelier do Pintor" (1855)
"O Enterro em Ornans" (1850)
"Os Britadores de Pedras" (1849)
"Moças Peneirando o Trigo" (1854)
"O Retorno da Feira de Flagey"(1848),

Proibido utilizar como capa de livro...

Gustave Courbet
"Indolência e Sensualidade", ou "Mulheres Dormindo" (1866)

Napoleão III também não gostava…

"Mulher Entre as Ondas" (1867)
… e, por isso, consta-se que terá chicoteado este quadro de Gustave Courbet numa exposição do Salão de Outono. Porque se tratava de uma jovem camponesa robusta, suada, sem qualquer tentativa de embelezamento. Porque Courbet era assim, pincel de um brutal realismo que rompia com o romantismo e o academismo neoclássico.
Pintava o que via e como via. Sem truques, sem o manto diáfano da fantasia. Como artista, Courbet, igualmente um agitador e um defensor do socialismo, opta pelo real, pelas mazelas sociais. A realidade é a sua fonte de inspiração.
Pagou muito por tudo isso, desde a prisão, depois da derrota da Comuna de Paris, ao exílio, quando fugiu para não pagar a restauração dos danos provocados à coluna da Praça de Vendôme, por cujo derrube foi acusado.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Agora foi a PSP a escandalizar-se…

Muito antes, no século XIX, bastantes se escandalizaram com a obra de Gustave Courbet que, para quem queira, continua exposta no Museu d’Orsay, museu que já montou controlo especial quanto a entradas de agentes da PSP.
Houve de facto quem não aguentasse o conteúdo erótico, realista, quase fotográfico de A Origem do Mundo.
Courbet esqueceu-se da parra, nesta e noutras obras suas, e foi o que se vê.


Mais tarde, já no século XXI, Tanja Ostojic retoma o tema, de modo mais cauteloso, mas não evitou a berraria de uns quantos, particularmente da igreja austríaca. Porque a foto foi feita e utilizada em cartazes comemorativos da presidência austríaca da EU, em 2005. Aqui nem as estrelinhas valeram a Tanja Ostojic.

Courbet antecipou-se a tudo isto, com esta cara de espanto, num seu auto-retrato. Talvez a adivinhar que, hoje, a tacanhez ainda condicionaria muitos de nós. Talvez mais que então.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Esta vida são dois dias...

Mascarou-se de bonitona... a bonitona. Isso é máscara?
O engatatão da noite, sob disfarce

A pequena do Elvis

Tinha de reclamar. Desta vez dos sapatos

Ela não é a Bia... é a Beatriz

A protecção civil de prevenção

... e o Carnaval são três

A bébé aniversariante e o make love, not war
A guapa sevilhana
Fraco de vista? Mas deu para roubar o boné a um escocês...

Da reserva da nação
Adivinhem quem... Foto não censurada pelo MP de T Vedras
O eterno fugitivo BL
Na falta de original, cópia manhosa e não editada. Desculpas.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Deixem-me pensar: qual o prémio para a corrupção por acto lícito?

Exposição de rua de obras de Rodin. Madrid 20-02-2009

Era para acto lícito, estúpido!

Domingos Névoa, da Bragaparques, prometeu 200 mil euros a José Sá Fernandes na condição de este desistir da acção judicial por si interposta para contestação do negócio de permuta dos terrenos do Parque Mayer, da Bragaparques, com os terrenos da antiga Feira Popular, da CM de Lisboa.
Para mim, se aquele senhor tinha interesse em que Sá Fernandes desistisse, é porque o negócio era muito duvidoso e muito bom para si, mas não para a CM de Lisboa, ou seja: Sá Fernandes visava defender o interesse público. Por outro lado, Névoa prosseguia um interesse meramente privado e para o que estava disposto a empatar 200 mil euros numa tentativa de corrupção.
Mas, pelo que agora se decidiu em tribunal, parece que o acto de Névoa é corrupção, sim, mas para acto lícito. Ou seja: paga-se para que o interesse público não seja prosseguido e isto é limpinho, muito lícito.
Como entender, no entanto, que tratando-se de corrupção para acto lícito, se seja condenado a uma multa 5 mil euros? Então Névoa paga bem para visar um acto lícito e é multado quando deveria sair do tribunal aos ombros e mesmo devidamente indemnizado? Mas que é isto? Estaria a oferecer pouco? Qual o mínimo fixado por lei para que se escape a multa tão injusta?
A sentença é injusta. Névoa faz muito bem em recorrer.
Esperemos agora que isto sirva para que mais nenhum incauto se atreva a pôr em causa actos lesivos do interesse público ou que chame corrupção a coisas tão lícitas. No mínimo, correrá o risco de ser gozado. E ninguém lhe garante que não tenha que indemnizar ou mesmo que não vá preso.
Fica o aviso.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Uma citação do Azereiro

Simpatia de Guilherme Pereira que se agradece.
Aqui http://guilhermespereira.blogspot.com/2009/02/tiro-no-porta-vioes.html

Olá, Tomás! Já nasceu a mana Caetana!

Ainda não o sabes, que a esta hora dormes. Mas a mana, para quem escolheste o nome, acaba de nascer, às 23.55, com 3 kg. A mana Caetana e a Mãmã estão bem. Verás amanhã.

Como se joga limpo - à Chávez - segundo o Público

Sócrates tem, segundo o Público, uma votação “à Coreia do Norte” e, parece, é culpa sua concorrer sem oposição, como culpado é pelos militantes do PS não terem dado oportunidade para que mais duas moções sejam discutidas no congresso.
E isto é triste, conclui o jornal de referência, num partido que “se diz democrático”. Porque, para o Público, tudo o indica que não o será.
E, assim sendo, seta para baixo.

É que o Público prefere, quem diria, Hugo Chávez. Este sim. Este é dos bons. Porque, escreve o Público, terá recorrido aos “meios do aparelho do Estado” e, por isso, “ganhou de forma limpa”. Assim, segundo o Público, um indivíduo no posto mais elevado do poder, usando esse mesmo poder num referendo com que pretende legitimar a manutenção prolongada no poder, joga limpo.
E, por isso, seta para cima.

Terá isto a ver com alguma campanha contra Sócrates?

Perguntem ao JMF. Ele sacará uma das tais teorias que tudo lhe permitem justificar. Começando por dizer que de modo algum existe, da sua parte e do Público, uma campanha contra Sócrates. Nós, os leitores, é que não sabemos ler.

Nota
Esta coluna costuma ter as iniciais de quem assume este "sobe e desce". Desta vez ninguém quis assumir a pouca vergonha. O que não deixa de ser significativo.

125 mil milhões de dólares é muito cacau…


…mas é o valor das fraudes cometidas a pretexto da reconstrução do Iraque e que destronou a de Madoff, “limitada” a 50 mil milhões.
Fraude em que estarão envolvidas altas patentes militares dos USA e, por via disso, o Pentágono e a administração Bush.
Destruiu-se um país à conta do dinheiro dos contribuintes mas, sobretudo, à custa do sofrimento do povo iraquiano. Com uma intervenção totalmente à margem do direito internacional. Com o pretexto de se ir à cata de umas armas que nunca apareceram, que ninguém tinha visto.
Mas alguém teria que ganhar com isso. Mas é muito cacau.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Valha-nos o Provedor, aos domingos!

Ontem, o Público, jornal de referência pelo rigor e independência com que trata, militantemente, os ódios de estimação de JMF, dedicava uma página inteira ao caso Freeport. Desta vez sem chamada para a primeira página, como aconteceu com a brilhante peça de Clara Viana, na véspera.
No caso, a crónica incómoda para o director do Público apenas viu a luz do dia porque se trata do Provedor do leitor. Toda sobre o caso Freeport e a que se seguirá, segundo anuncia Joaquim Vieira, uma outra, no próximo domingo.
As crónicas de Joaquim Vieira são, em geral, espinhas cravadas nas gargantas dos jornalistas do Público e, em especial, na do seu director. Porque, para além do mais, Vieira cita constantemente o estatuto editorial do jornal, há muito queimado por JMF, para confrontar este com aquele. Mas, lidas as explicações, há muito que o estatuto editorial é ele, JMF.
Como lhe deve doer isto: "A livre informação não implica que um jornal amante do rigor e da independência não procure ser isento". E isto, com que termina a crónica de ontem: "A verdade é que se indicia aqui um inconfessado desejo de incriminação de J.S. Para bem da credibilidade do PÚBLICO e da seriedade do seu tratamento de tema tão sensível (que no próximo domingo nerecerá nova abordagen do provedor), era bom não existir tal intenção."
E agora José?
Despedir o provedor não está, felizmente, ao alcance de JMF. Largar o lugar de director há muito que é um caso de mera higiene. Eu já o teria feito, depois de ler o provedor, sobre gafes, plágios, erros grosseiros no uso da língua, faltas de isenção, condicionamento do contraditório, sistemático desrespeito pelo estatuto editorial, campanhas pessoais contra odiozinhos de estimação de JMF.
Mas parece que apenas o completo afundanço comercial do Público permitirá tal milagre.

Uma idiotice quiçá. Imbuída de não sei quê.

Crime e ministros da propaganda

Nas vésperas de sexta-feira 13, número associado à bruxaria, deram-me conta de mais uma idiotice do actual ministro da Propaganda, quiçá, imbuído pelo clima da época e alguma caça às ditas.
Sem desprimor pelos verdadeiros ministros da Propaganda que a história nos legou, temos por cá um aprendiz de feiticeiro, dito de Assuntos Parlamentares, atacando à esquerda e à direita. Disse o senhor que um ex-coordenador de investigação criminal, ao se mostrar disponível como candidato a uma autarquia, feudo do partido que nos governa, pretende rasurar os erros e incompetência que neste momento se avaliam em tribunal. Tal propagandista, ideólogo, idiota ou pigmeu (homem pequeno e de pouco mérito), pode saber, pela sua experiência, como se passa de um banco privado para ministro, sem período de nojo, mas nada sabe de investigação criminal.
Desconhecendo o trabalho dos investigadores, conclui-se que tais erros e incompetências são referências ao seu ministro da Justiça, o qual, cedendo às pressões britânicas, permitiu o fim prematuro de uma investigação criminal e a realização da Justiça, relativamente à morte de uma criança de quatro anos.
Gonçalo Amaral, ex-coordenador da PJ
Este senhor, ex-coordenador da PJ, agora escritor, cronista do Correio da Manhã, comentador televisivo e que mais se verá, quer competir com as gafes de MFL que vetou a sua candidatura à CM de Olhão.
Para ele os apelidos Santos e Silva devem ser coisa rara. Mas, mesmo que não fossem, seria de esperar mais de quem se arroga de altas competências na investigação.
Quando confunde Santos Silva ministro com Santos Silva banqueiro, permite que igualmente se admitam outras confusões no exercício de funções que fizeram dele figura mediática.
E faz lembrar outros cuja fama passageira fez deles uns broncos apenas porque, a partir daí, se dispensaram da prudência mínima, quanto ao que dizem, quanto ao que escrevem, parecendo ser preferível que primeiro se dispare e só depois se pergunte ou, então, que primeiro se acuse, ficando para depois a prova.
Para quem se sentiu injustiçado ao ser afastado da investigação do caso Maddie, por ser questionável a sua intervenção, isto não está nada mal.
E agora que não se desculpe com a sexta, dia treze. Esse dia nasceu para todos e apenas azara alguns, sobretudo os que se colocam a jeito, como foi o caso de Gonçalo Amaral.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Público - Jornalismo ou chafurdice?

Com chamada na primeira página, Clara Viana escreve no Público de 14 de Fevereiro sobre o caso Freeport.
Depois dos títulos – “Justiça As relações de investigadores e investigados no processo que envolve José Sócrates” e “O mundo pequeno do caso Freeport” – seguem-se os percursos ou funções, actuais ou passadas, para o que interessa a Clara Viana, de Cândida Almeida, Coordenadora do DCIAP, José Lopes da Cruz, procurador-geral adjunto, ex-secretário de estado da Justiça de Guterres, alvo de inquérito por pretenso envolvimento no caso de Fátima Felgueiras, inquérito arquivado por falta de provas, António Santos Alves, magistrado do MP, ex-inspector do Ambiente, representante português no Eurojust, Fernanda Palma, professora catedrática, membro do Conselho Superior do MP, nomeada pelo ministro da Justiça, casada com o actual ministro da Administração Interna, Rui Pereira, ministro da Administração Interna, com tutela, por delegação de competências do primeiro-ministro, no que respeita ao SIS, Júlio Pereira, procurador-geral adjunto, coordenador do SIS e do SIED, Carlos Alexandre, juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, actual titular do caso Freeport e que terá manifestado suspeitas de ter estado sob escuta.
Retomo do título “investigadores e investigados no processo que envolve José Sócrates” e pasmo porque, se consigo admitir que haja entre os visados quem investigue, ou deva investigar, não percebo quem, entre eles, esteja a ser investigado no caso Freeport. Aliás, Clara Viana, dispensa-se de informar o que quer que seja. E o desplante é tal que, para nisto envolver Cândida Almeida, apenas nos consegue recordar que a magistrada integrou a comissão de honra da Candidatura de Mário Soares.
O seu – de Clara Viana – director explode quando se fala de campanha negra. E tendo a concordar com ele porque, a isto, se chama jornalismo da chafurda em que alguns teimam em se atolar, imitando o comportamento de cevados. Estes, brancos ou pretos – não negros – fazem-no instintivamente. Outros invejam-nos e procuram imitá-los, mas não inocentemente. Porque pulhice é pulhice.
"Clarinha e as pombas", que recordo da minha primária, não tinha por cenário a chafurda. Mas os tempos mudam. Alguns preferem hoje "Clarinha e os porcos". Bom proveito.

Pachequices & Sacanices


“No final de 2009, ou no início de 2010, toma posse o Governo X que resultou de eleições legislativas meses antes. Um longo processo de formação do governo explica-se pelo facto de se tratar de um governo minoritário, que pode apenas contar com uma maioria parlamentar que resulta de um acordo político precário, com franjas políticas instáveis, obtido a muito custo com intervenção directa do Presidente da República em nome do “interesse nacional”. É uma espécie de “governo de salvação nacional” sem que ninguém o sinta com legitimidade para tal, que resultou de uma campanha eleitoral muito radicalizada, envolvendo suspeitas sobre o primeiro-ministro anterior que a conclusão de um inquérito judicial foi incapaz de dissipar. O grau de confiança dos portugueses nos políticos e em instituições como a justiça está nos seus mínimos históricos e ninguém acredita em ninguém.”
Exercício de futuro próximo com base na lei de Murphy”
José Pacheco Pereira, Público de 14-02-09

O texto continua, com anúncio de todas as desgraças - para Pacheco, são pão para a boca -, mas basta isto.
O historiador Pacheco – é na qualidade de historiador que se assume como cronista no Público - dá-se ares de quem anuncia o futuro, sentado no seu pedestal de analista sério, isento, distanciado. E de mãos limpas, angélicas.
Convém aqui lembrar a frequência com que Pacheco pede para que o não tomem por parvo. Claro que esta preocupação em não querer passar por parvo o deveria fazer pensar pois, só por si, já diz muito. Mas Pacheco não se dá conta disso. Porque claramente pretende que os outros o sejam, pelo menos o suficiente, de modo a que o tomem por alheio a uma campanha radicalizada e a uma outra que não gosta de ver chamada de negra.
E, se bem o lermos e ouvirmos, também nada esta figura tem a ver com o grau de confiança nos políticos e nas instituições e que finge lamentar.
Mas a maior sacanice de Pacheco é admitir que o resultado do inquérito judicial venha a ser o que de modo algum deseja – e como isso lhe dói! - mas sem que, no entanto, dissipe as suspeitas sobre o primeiro-ministro, especialmente as dele. Porque estão bem sustentadas na incontrolável raiva que tem ao primeiro-ministro, raiva acrescida por ver ruir a aposta que fez quanto à liderança do seu partido.
A história só não corará de vergonha com historiadores assim, porque não se ocupa da arte da adivinhação, de bruxarias e afins. Nem da falta de vergonha.
Diz-se que Salazar consultava videntes e encomendava horóscopos. Hoje, a partir da sua visão divina sobre o bem e o mal, encomendaria crónicas que anunciassem o futuro, tal qual o desejava.
E a quem? A Pacheco, obviamente.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Pausa na crise! Aproveitem que é dia!


E que todos eles floresçam!


Castanheira de Pêra recebe 500 azereiros

"Quinhentos azereiros (prunus lusitanica) - espécie autóctone, relativamente rara em Portugal - vão ser plantados dia 14 de Fevereiro em Castanheira de Pêra no âmbito do programa “Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade”. Castanheira de Pêra é uma das oito localidades do país onde a associação ambientalista Quercus e a Caixa Geral de Depósitos pretendem plantar um total de 14 mil árvores de várias espécies em zonas que foram fustigadas por incêndios florestais. A aposta da iniciativa é nas espécies autóctones e tem como objectivo alertar para o facto de que “uma floresta deve ser constituída por espécies naturais e gerida de forma activa e sustentável”. "
Jornal Região de Leiria

Lugar aos cromos - I

In Gono We Trust
"Reafirmo que vou continuar a imprimir e a imprimir notas e a assinar notas até que as sanções sejam removidas e haja equilíbrio na balança de pagamentos. É um compromisso pelo qual eu arrisco a minha posição, porque precisamos de dinheiro para o desenvolvimento de infraestruturas"
Gono, citado pelo Zimbabwe Herald, jornal do Estado.

Pena é que por cá isto não se pratique. Umas toneladas de papel, umas máquinas de impressão, umas tintas e um Gono para assinar. E seria o fim da crise.
E se cada um pudesse ter uma máquina, uau! Seríamos os maiores.

Lugar aos cromos - II


Zimbabwe's central bank is releasing a new bank note that's worth 100,000,000,000,000 in local dollars, news organizations report.The Reserve Bank of Zimbabwe announced via the state-run Herald newspaper that it's introducing a family of notes denominated in trillions."The $10 trillion note has the image of the RBZ Building and the Conical Tower at the Great Zimbabwe National Monuments," the paper says. "The $100 trillion note has the image of a buffalo and the Victoria Falls, the $50 trillion the Kariba Dam spilling and an elephant, while a mineworker drilling in an underground shaft and the GMB grain silos appear on the new $20 trillion note."The new 100 trillion bill is worth about $30.Zimbabwe has the world's highest rate of inflation. Over the summer, AFP says the government reported a 231 million percent inflation rate.
Nota
Ao contar os zeros, perdi a fonte do texto.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Azereiro citado...

... por quem se aprecia.
Viagens na Minha Terra
• A. Moura Pinto, “Fernandes desmascara teorias de Prémio Nobel
• Eduardo Pitta, COMO TODAS AS COISAS
• jmf, “Espelho fiel do jornalismo português actual
• João Tunes, A COLHEITA DOS VOTOS DE PROTESTO
• José Carlos Megre, Carpindo mágoas
• José Ferreira Marques, O Ponto De Não Retorno
• Lauro António, NOS 100 ANOS DE CARMEN MIRANDA
• Macro, A responsabilidade do analista.. Política com todos
• Mariana Trigo Pereira, Qualquer um pode chegar a líder
• Marina Costa Lobo, O BE e o Poder
• Osvaldo Castro, O Francisco Louçã vai pôr ou tirar a gravata...?
• Rogério da Costa Pereira, Continuemos a fazer de conta
• Shyznogud, Vai para ali uma reabaldaria à conta do Mário Crespo na casa ao lado
• Tomás Vasques, Opiniões
• Valupi, Obrigadinho, ó Crespo
• Vasco M. Barreto, Mirandês
Blog Câmara Corporativa

Dina Vierney e Aristide Maillol

Aos 73 anos, Maillol tinha-se já retirado da sua vida artística. Mas eis que lhe é apresentada Dina Vierney, então com 15 anos, porque um amigo via nela “um Maillol vivo”.
Dina pousa então para Maillol, durante 10 anos, até à morte do criador, em 1944. Numa relação de grande cumplicidade e que permitiu a imortalidade do seu corpo.
Dina foi musa, integrou a resistência francesa e, após a morte de Maillol, por sugestão de Matisse, dedicou-se ao coleccionismo e à arte.
São delas as formas femininas das estátuas do Jardim das Tulherias por si doadas ao estado francês, na década de sessenta.
Em 1995, depois de uma vida de galerista, cria a Fundação Dina Vierney – Museu Maillol.
Nasceu em 1919. Viveu até ao dia 20 de Janeiro de 2009.

A musa Dina e o génio de Maillol






segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Keynes, Krugman e os buracos editoriais

Deve-se, retomando uma ideia atribuída a Keynes, permitir que se abram e tapem buracos sem qualquer utilidade futura apenas para que os trabalhadores estejam ocupados e tenham salário?”
Esta a pergunta de JMF no seu editorial, em que lamenta que, em Portugal, “o simples levantar de dúvidas dê origem a respostas em tom de comício, esteja-se no Parlamento ou num ‘debate interno’ do partido no poder”.
Mas, ó JMF, que raio de buracos são esses, que se abrem e fecham por não terem utilidade futura? Qual o idiota que os manda abrir e o inteligente que, por falta de utilidade futura, os manda tapar?
Espero que a CM de Lisboa, com receio de pedradas destas, não deixe de tapar os buracos que a invernia vai abrindo. Ou terá sido o Costa a mandá-los abrir?
Mas JMF não se fica por isto no seu editorial. Segundo ele, Paul Krugman é “um Nobel da Economia que se distinguiu mais pelas suas colunas de opinião do que pelo seu trabalho de investigação”. Que fosse. Facto é que Krugman, que ganha um Nobel como investigador, chega a todo lado enquanto colunista. Quem opina sem investigar ou sem estudar fica pela Rua Viriato.
Por outro lado, JMF não se dá conta do ridículo, parecendo não aceitar que é parte activa no baixo nível do debate de que tanto se queixa. E, de quem opina assim, bem pode dizer-se que se lhe paga para, quais buracos, escrever editoriais sem qualquer utilidade futura ou presente.
Publico de 09-02-09

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Segredo de Saraiva

Foi alguém muito próximo do primeiro-ministro, mas que não pertence ao governo”.
“Impressionou-me muito porque a pessoa em causa estava até dentro da situação financeira debilitada do jornal e das negociações que estavam a acontecer com os accionistas.
“Disse-me que tudo dependia do que viéssemos a publicar nessa edição
.”
Citações da Sábado de 05-02-09

E aqui temos um segredo de estado, razão por que Saraiva não diz quem. E aqui temos um garganta funda que pensa de si ser pessoa de confiança a quem se telefone nestes termos. Mais: A Felícia também garante ter havido tal telefonema. E eles, que ousam publicar infracções ao segredo justiça, são incapazes de serem consequentes dizendo quem foi quem.
E é comovente que Saraiva se impressione quanto a notícias que são do domínio público. O Sol está como está, apesar das juras feitas de que se venderia por si mesmo, sem mais. Mas não tardou a ter que o vender pendurado nuns DVDs, altura em que até eu aproveitei.
Saraiva, um conselho: quando esfriar o caso Freeport, anuncias numa edição que vais informar quem te telefonou. Chama-se a isto fazer aquecimento. Na seguinte, chapas a foto em meia capa. E a edição estará safa.
Para as seguintes… puxa pela cabecinha ou pela Felícia. Por exemplo: põe a Felícia a fazer a prova de que o SIS recebe ordens directas do governo - naturalmente as que têm a ver com o caso Freeport, que isso é que interessa - e a explicar a constante troca de telemóveis, por razões de segurança, de que ela fala. Aqui até podes aproveitar para caçar uns anúncios da TMN, Vodafone…

Receitas de borla, por agora.