terça-feira, 21 de junho de 2011

Burrice


“(…) Estas experiências terão-lhe permitido adquirir um profundo conhecimento da economia portuguesa, da economia europeia, bem como das instituições europeias com as quais vai ter agora que lidar numa outra posição. (…)”
João Loureiro, Professor da Faculdade de Economia do Porto, em comentário no Público de 18-06-2011

Caldas 1 - São Caetano 0


Para alguns há que repetir. Nobre tinha como vocação, segundo declarações muito claras, utilizar o púlpito da AR, enquanto presidente, para desenvolver não sei que projecto, como se tal lhe pudesse ser consentido. Depois disto e de antes ter afirmado que não seria deputado, caso não fosse eleito presidente da AR, PPC manteve-o como candidato ao posto, provocando toda a gente.
Claro que Nobre já era indigesto antes disso, quando fez uma campanha como candidato a PR contra a classe política, os políticos, porque o que era bonito era lutar por aquilo que designava como cidadania, seja isso o que for. Mas o meio milhão de votos cativou PPC, por mero oportunismo eleitoral.
E seguiu-se para bingo.
Uma votação e nada. Uma segunda votação e pior ainda. Nobre nem sequer fez o pleno dos votos do PSD.
Se Nobre fosse eleito, PPC teria uma vitória estrondosa e, particularmente, perante o manhoso político do Caldas. Só que não foi assim. E, no meio disto, PPC permitiu o achincalhamento do seu candidato e este não foi capaz de ler os sinais ou, se leu, não foi capaz da nobreza de se retirar, poupando PPC a uma derrota em toda a linha.
Face ao desastre, vem o Relvas apontar baterias aos partidos da oposição, quando os votos da coligação PSD/PP eram mais que suficientes para impor a aberração de um presidente da AR com o perfil como o de Nobre. E parece que ninguém lhe terá dito que colegas da sua bancada não votaram favoravelmente.
Crespo, por sua vez, ainda não entendeu que isso de eleições é assim mesmo: quem tem um voto utiliza-o como melhor entende sem que tenha que seguir a sua opinião, ou atender aos seus anseios.
E agora teremos um São Caetano despojado da auréola por manifesta incapacidade para milagrar e, no Caldas, um Zé Povinho sobre um pedestal legendado com o “ora toma!”.
E, para já, Caldas 1 – São Caetano 0, com a procissão no adro.
PS. Nobre, face aos resultados, declarou ficar como deputado enquanto se sentisse útil. Quem lhe suceda na lista que se vá preparando.

Já o bisavô era do Chelsea, carago!


"Que foi, pá? Já o meu bisavô era do Chelsea desde pequenino..."

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Me bateram a cláusula, Nandinha!


Nandinha
Me bateram a cláusula de 15 milhões do André Villas Boas mas você vai continuar a bater-me coisas boas e gostosas, né, Nandinha?

sábado, 18 de junho de 2011

Dar-se ao respeito não se decreta


Consta por aí que são muitos os sinais de satisfação por parte dos professores pela escolha de Nuno Crato para ministro. Porque isso significa que os professores recuperarão a autoridade que perderam.
Pois, por mim, quem não se dê ao respeito apenas exercerá a autoridade com a ajuda do cacete. E dar-se ao respeito não se atinge por decreto.

"Da ambiguidade às linhas vermelhas"

  (...) “A palavra de ordem “democracia real, já!” contém uma perigosa ambiguidade. Implica uma crítica dos sistemas políticos que deixaram de funcionar eficazmente e reflecte um problema de representação política, sobretudo na Europa do Sul. Mas o carácter vago da reivindicação não aponta nenhuma reforma precisa. Limita-se a adjectivar – uma vez mais de forma ambígua – o termo democracia. Designa a vontade de participação dos cidadãos, um factor de renovação do sistema político ou uma utopia anarquista? As reportagens sobre os “acampados” indiciam mais uma praça em catarse de frustrações do que um fórum de debate político.













Por uma curiosa ironia da história, os movimentos “indignados” inspiram-se nos jovens árabes de Tunes ou da Praça Tahrir. Mas como ironizou Felipe González, os jovens árabes querem votar como nós e nós proclamamos a inutilidade de votar. (…)
É quase automático o deslize para um populismo à moda de Ross Perot, quando sonhou substituir o pesado (e dispendioso) processo de decisão do Congresso pela deliberação instantânea dos cidadãos. Os “indignados” são um sintoma, não dão uma resposta.”
Jorge Almeida Fernandes, Público, 16-06-2011

Leituras em dia - " O Comboio da Noite" - Martin Amis


“O suicídio é o comboio da noite, a correr para as trevas. Não se chega lá depressa e não se chega por meios naturais. Tira-se bilhete e sobe-se a bordo. O bilhete custa o que se tem. Mas é só de ida. Este comboio leva para a noite e deixa-nos lá ficar. É o comboio da noite.”

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O novo governo

Conhecidos os nomes... houve negas, se houve.

Nobre bronca...


O PS terá dado indicações para que não se vote em Nobre como presidente da AR. E isto não parece agradar a muita gente. Porque, como afirmava a boca bico de pato da SIC-N, Nobre tem um percurso de vida inquestionável, como homem de grandes causas humanitárias, como se isso pudesse ter feito de Madre Teresa de Calcutá uma excelente presidente da nossa ou de outra AR.
Do lado do PS, igualmente se ouvem declarações invocando uma tradição parlamentar que tem permitido que se eleja o candidato do partido mais votado. Só que há aqui uma diferença: a tal tradição parlamentar é geradora de consensos no parlamento e, pela primeira vez, um partido ousou apresentar, à margem de qualquer consenso, um candidato a presidente da AR que, naturalmente, não se elege com o voto nas listas de deputados apresentados a escrutínio nas legislativas.
Mas, mais curioso, é que se pretenda que o PS siga a tradição parlamentar quando o partido da coligação não quer assumir qualquer compromisso na matéria, reservando-a para os seus parlamentares.
E não seria mais curial que o PP dissesse claramente estar com Nobre nesta odisseia?
É evidente que Nobre está muito longe de ter o perfil adequado para ser o presidente da AR. E disso Nobre só tem a culpa de não o entender, por imodéstia, face ao inchaço que lhe provocou o resultado das presidenciais.
Mas todos sabemos quem é o grande culpado que, no fundo, se limitou em ver em Nobre meio milhão de votos daqueles que por Nobre foram traídos. Votos usados como trampolim de uma ambição pessoal desmedida.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

2001 - Belmiro diz que Catroga é mentiroso, oportunista, que não regula bem...

 

Belmiro de Azevedo acusou, esta quinta-feira, o ex-ministro das Finanças, Eduardo Catroga, de ter mentido em tribunal, ao ter negado a existência de um «núcleo duro» aquando da privatização do BPA.
A polémica em torno da privatização do Banco Português do Atlântico (BPA) continua.
Ontem, o ex-ministro das Finanças, Eduardo Catroga, esteve em tribunal, onde negou a existência de um núcleo duro, bem como quaisquer compromissos de preferência com o suposto núcleo duro, para a 4ª fase de privatização do BPA.
O ex-ministro das Finanças revelou ainda que Belmiro de Azevedo o ameaçou, depois de o ter informado da decisão de vender ao BCP a particpação do Estado no BPA.
Esta manhã, em declarações à TSF, Belmiro de Azevedo recusou todas as acusações e, em termos duros, disse que há provas que lhe dão razão. «Está tudo escrito. Sempre houve um núcleo e ele (Eduardo Catogra) apareceu na altura própria. O doutor Catroga não deve estar a regular muito bem», afirmou o patrão da Sonae.
Belmiro de Azevedo mostrou-se disponível para ir a Tribunal, caso seja acariado por Eduardo Catroga porque, diz Belmiro de Azevedo, o ex-ministro das Finanças «só disse mentiras».
Questinado pelos jornalistas do porquê desse comportamento, o empresário respondeu que cabia aos jornalistas fazer «um bocadinho de investigação, saber qual foi a carreira política e profissional do dr. Catroga e depois talvez encontrem algumas pistas para saber este tipo de comportamento, que é um oportunista».
Fonte: TSF

Um ressabiado e um Senhor, na RTP-N

Primeiro o ressabiado, que ontem esteve na RTP-N e que nunca digeriu o chumbo à OPA sobre a PT com que queria fazer dinheiro fácil, a crédito. A partir daí, foi o que se viu através de uma escória alojada no seu pasquim, particularmente no consulado de Fernandes e que só caiu quando lhe correu mal o caso das escutas em Belém. Escutas que, recorde-se, levaram o actual PR à intervenção mais bacoca, entre dois toques do hino nacional.
O ressabiado tem boas razões para estar feliz. Foi opado, teria agora que vingar-se com o resultado de umas eleições em que se limitou a uma arruada. Porque ser figurante é o que melhor lhe assenta.
Como é seu costume, recorreu aos argumentos mais canalhas, como aquele de que considerar Sócrates o chefe dos seus empregados, os seus ministros, empregados a toque de caixa do patrão. Belmiro, quanto a empregados a toque de caixa, bem poderia ver o que se passa, à vista de todos, nas suas mercearias do Continente. Para depois nos poder explicar se ali ninguém manda, se os caixas miseravelmente pagos estão ao nível dos chefes e do seu patrão-mor.
O ressabiado é, além disso, um desmemoriado, pois já não retém a imagem das implosões das torres de Tróia, ao lado do seu convidado sobre o qual tanto ódio destila agora.
O ressabiado espera ainda que se esqueça como começou o seu império, como foi levado ao colo após o 25 de Abril, com a “oferta” de um banco que exigiu e que vendeu para embolsar uns cobres. Na altura entrou em conflito com o então ministro Catroga, a quem acusou de mentiroso.
Belmiro é isto e menos ainda. Para o contrariar, teria que apresentar atestado de bom comportamento passado pela família de Pinto de Magalhães, apesar do acordo a que com ela chegou. Porque convém não esquecer como começou a fortuna de um dos homens há muito listado pela Forbes como um dos mais ricos do mundo.
O ressabiado merceeiro esquece ainda que PM é quem o povo escolhe em eleições livres, numa democracia que nada lhe deve.


O Senhor que hoje esteve na RTP-N é Henrique Granadeiro. Que opou Belmiro, na postura, no estilo, na classe de quem gere, com gerais encómios, um grupo empresarial de sucesso. E onde ninguém gostaria de ver Belmiro e a sua tropa de ocupação.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Quem vai colar os cacos, pergunta ela?


Acabada a longa campanha a fustigar Sócrates, a comentadora que, se assina como jornalista, remata com as suas impressões sobre o desfecho eleitoral na edição do Público de ontem. E afinal o mau já não era apenas Sócrates, mas toda a direcção do PS.
Assim, como se alguém aguardasse pelos seus palpites no Largo do Rato, ei-la a privilegiar, para a sucessão de Sócrates, quem foi seu crítico: Ana Benavente, Ana Gomes, João Cravinho, Medeiros Ferreira e Carrilho. Como quem diz: quem quer a pole position deve criticar o suficiente e ser ouvido por uma comentadora – jornalista.
A senhora esquece dois pormenores, pelo menos: ser solidário é uma virtude e não um defeito e, depois, na matéria não se trata de cinema, de teatro, ou de literatura, onde podem fazer falta críticos… de qualidade.
A irmos pelo que sugere, do modo que fundamenta, a São José Almeida só faltaria preencher a ficha para ser, com todo o mérito, a próxima secretária geral do PS. Para azar de milhões.

PS. A vida custa a todos e Belmiro está atento e vigilante. Quem no Público ousaria contrariá-lo sobre a posição tomada em entrevista à RTP-N quanto a Sócrates?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um galheteiro numa feijoada…

Sá Carneiro tinha um sonho quando o Diário, jornal do PCP, o elegia como outros, bem mais tarde, elegeram Sócrates para bombo de festa. Aquele sonho está realizado: um PR de direita, uma maioria de direita. E, pasme-se, com decisivo contributo do PCP, responsável pela queda de um governo do PS.

Agora temos uma inutilidade parlamentar e um partido que vive muito da religiosidade dos seus membros, a razão largada no lixo porque não miscível com a profunda crença numa utopia que poucos, muito poucos, ainda têm como o sal da terra.

No altar destes crentes permanece um galheteiro: Jerónimo ao centro, o vinagre verde de Heloísa de um lado, o azeite do Corregedor, para as lamparinas, do outro. Com a importância de um galheteiro numa feijoada à transmontana.

Pela frente, terão um programa de privatizações nas mãos da direita e que lhe reduzirão o espaço de manobra, sob a forma de greves, por muito que esbracejem num parlamento onde agora já nem para as coligações negativas são precisos.

E bem pode Jerónimo manter o slogan “Por uma política patriótica de esquerda” que com ele não conseguirá mais que os habituais sorrisos de compaixão.

A inutilidade política dos idiotas úteis



Cavalgaram a onda do descontentamento que alimentaram. Incharam com o êxito que não imaginaram fosse balofo e admitiram que, a partir daí, seria sempre a crescer.

Agora a história registará dois factos: a ajuda dada à direita dos malquistos Belmiro, Amorins, Espíritos Santos para a queda de um governo de esquerda e a sua transformação numa inutilidade parlamentar, impossíveis que são agora os cenários de coligações negativas e da chantagem política.

A história já registava um caso em tudo semelhante, o do PRD, também neste caso um grupo dissonante de aprendizes de feiticeiros. E regista agora que há quem nada aprenda com ela.

Felizmente que Louçã confessa que se aprende mais com as derrotas que com as vitórias. Votos então para que chegue a sábio, rapidamente.

sábado, 4 de junho de 2011

DN e JN - Jornais ditos de referência na campanha

Um escândalo, meus senhores, a Controlinveste ficar-se pelo cabo que nunca mais chega a sargento. Quando anda por aí uma licença novinha em folha – a TDT - e um canal a privatizar.

E se o moço sobe a uma cerejeira, que lhe poderá custar subir a uma oliveira? Vamos lá, que os outdoors saíram bem na capa dos jornais do grupo.

A vida custa a todos.


O pregador dos domingos na campanha

Já mergulhou no Tejo, já fez Cristo descer à terra, chutando para canto uma promessa feita. Despacha livros a torto e a direito, matéria que também ocupa o seu novo e antigo patrão na TVI.

Está na hora. Já está em Belém como conselheiro, há que promovê-lo a aconselhado. Para isso, nada como comparecer nos locais certos, a gosto ou a contragosto.

A vida custa a todos.

Expresso - Um semanário dito de referência na campanha


Apesar do fiasco editorial e comercial do seu concorrente das sextas, o Expresso vem-se medindo com o pasquim do pequeno arquitecto, parecendo ajustar contas antigas. Mas o que mais irrita Balsemão é que o Estado mantenha canais públicos de televisão e que, sobretudo a RTP1 se bata de igual com a sua SIC.

O moço promete privatizar o que é público e, no caso que interessa, a RTP. Balsemão não poderia ficar indiferente, pelo que disponibilizou outdoors no Expresso, comentadores a preceito na SIC e SIC-N e uma bateria de programas informativos sem direito a contraditório. E ai de quem se não aguente, que estão em curso rescisões contratuais que irão a bem ou a mal, segundo o Sindicato dos Jornalistas.

A vida custa a todos.


Público - Um diário dito de referência na campanha


Suspenso há muito o Livro de Estilo – o chumbo da OPA sobre a PT teria que ter consequências – Sócrates passa a ser tema permanente de um jornal que já foi de referência. No entanto, correndo mal o caso das escutas a Belém, o patrão teve que disfarçar, afastando Fernandes, mas na condição de manter o seu fantasma. E os habituais ódios de estimação. Até um cientista – Carlos Fiolhais – percebeu que a política trauliteira é que rendia. E o Malheiros jornalista passou a comentador, passando a usar o termo escarro, não fosse ficar atrás dos pentelhos de Catroga.

O moço de Massamá tinha decidido poupar nos outdoors, mas Belmiro foi magnânimo. E as capas de um jornal valem bem mais. E, para que constasse e não fosse esquecido, entrou mesmo numa arruada.

A vida custa a todos.



Um Louçã fraternal, finalmente



Foi comovedor o apelo fraternal – foi assim que o designou - que Louçã lançou aos que designou por descontentes do PS, dando como definitiva a fuga de tantos eleitores do BE para o PS e mesmo para o PSD.

Os foragidos não preocupam Louçã; a estes nem um apelo, nem um pedido de desculpas pela moção de censura, pelo chumbo do PEC IV, pela permanente postura de quem não se quer comprometer ou responsabilizar seja pelo que for.

Depois sugere que as coisas lhe poderiam ter corrido melhor se os outros não se ficassem pela discussão de meras minudências. Como se ele, Louçã, tivesse tido a coragem de fazer discutir um programa cuja originalidade está na nacionalização, por exemplo, do sector financeiro.

O mesmo de sempre. Com as sondagens favoráveis à direita, a Louça apenas ocorre terminar a campanha a acusar o PS e Sócrates. A direita pode avançar, que Louçã garante aplanar o seu caminho. Como sempre foi apanágio de um esquerdalho.

As ousadias do fininho da SIC-N



Tudo faz para ser original, colando-se ao seu guru Medina Carreira. Que também afirmava que o poder eleitoral do governo em funções assentava no facto de muita gente, muitos eleitores, dependerem desse mesmo governo. E Medina chegava mesmo a incluir nesse universo os pensionistas, como se o recebimento de uma pensão não fosse um direito financiado pelos próprios e empresas para quem trabalharam enquanto activos.

Por isso, este original fininho voltou ao mesmo argumento, numa tentativa espúria para explicar as intenções de voto no PS segundo as sondagens. Para ele, se não fossem os dependentes, nomeadamente os funcionários públicos, o PS não poderia aguentar tanto nas sondagens.

Ora a fininhos como este convém recordar:

- que o voto é secreto e o povo mantém-se, isto é, é o mesmo que já deu maiorias ao PS e agora, segundo as sondagens, privilegia o PSD;

- que os pensionistas e funcionários públicos são, de certeza, mais independentes que aqueles que trabalham para um patrão que tomou partido claro pelo PSD e que, neste momento, se defrontam com a imposição de rescisões contratuais e a ameaça de que ou vão a bem ou a mal, neste caso nos termos das alterações sugeridas para a futura revisão da legislação laboral.

Que o fininho se tente safar em tal contexto, percebe-se. Mas já é descarada ousadia que ponha em causa a inteligência de quem o ouve, não sei se como jornalista ou se como comentador.