Este senhor, nas intervenções que faz como comentador é, em geral, o cúmulo da desfaçatez.
É deputado, comentador, articulista, advogado e tudo o mais. Mas é como deputado que interessa saber o que é pressuposto que faça, de modo a justificar ordenados e demais mordomias… em acumulação com tanta coisa, nomeadamente a de advogado do governo regional.
Mas é tal o seu empenho nas funções de deputado que apenas agora se deu conta, pelo Público, de que desde 2009 o governo criou 70 grupos de trabalho e comissões, envolvendo 590 pessoas. Quando o poderia constatar no Diário da República e, depois, questionar o governo, exercendo competências próprias de deputado. Mas Jardim – que leva pela trela este e outros deputados da Madeira - ainda não lhe teria sugerido o tema.
Por isso, andou perdido com os negócios marginais e bem mais lucrativos. E, porque as senhas de presença no programa do Crespo obrigam a mínimo esforço, é ali que decide abordar o que teria como palco mais indicado a AR. Mas aqui, na AR, nem teria um Crespo ignorante, nem um João Soares distraído ou de pouca coragem para lhe ir às canelas.
Este Silva, porém, vai para além do que o Público informa, quando fala de honorários dos membros de tais grupos e comissões. É que no jornal se afirma que, como a maioria são funcionários públicos, nada auferem pelo facto de acumularem funções.
Se o deputado Silva quer tema para a próxima ida ao programa do Crespo, talvez seja de começar a recolher elementos sobre as comissões parlamentares, para isto e para aquilo, e identificar o que custam e em benefício de quem.
Um reciclável, este Silva. A bem da decência.