segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A desfaçatez do deputado Silva

Este senhor, nas intervenções que faz como comentador é, em geral, o cúmulo da desfaçatez.

É deputado, comentador, articulista, advogado e tudo o mais. Mas é como deputado que interessa saber o que é pressuposto que faça, de modo a justificar ordenados e demais mordomias… em acumulação com tanta coisa, nomeadamente a de advogado do governo regional.

Mas é tal o seu empenho nas funções de deputado que apenas agora se deu conta, pelo Público, de que desde 2009 o governo criou 70 grupos de trabalho e comissões, envolvendo 590 pessoas. Quando o poderia constatar no Diário da República e, depois, questionar o governo, exercendo competências próprias de deputado. Mas Jardim – que leva pela trela este e outros deputados da Madeira - ainda não lhe teria sugerido o tema.

Por isso, andou perdido com os negócios marginais e bem mais lucrativos. E, porque as senhas de presença no programa do Crespo obrigam a mínimo esforço, é ali que decide abordar o que teria como palco mais indicado a AR. Mas aqui, na AR, nem teria um Crespo ignorante, nem um João Soares distraído ou de pouca coragem para lhe ir às canelas.

Este Silva, porém, vai para além do que o Público informa, quando fala de honorários dos membros de tais grupos e comissões. É que no jornal se afirma que, como a maioria são funcionários públicos, nada auferem pelo facto de acumularem funções.

Se o deputado Silva quer tema para a próxima ida ao programa do Crespo, talvez seja de começar a recolher elementos sobre as comissões parlamentares, para isto e para aquilo, e identificar o que custam e em benefício de quem.

Um reciclável, este Silva. A bem da decência.



domingo, 27 de fevereiro de 2011

Os truques do merceeiro Soares dos Santos


Afinal o homem sabe do que fala, quando fala de truques.

Numa campanha publicitária, garante que na sua cadeia de lojas o aumento do IVA será de 0% e, à primeira vista, uma pessoa de boa-fé poderia admitir que tal se deveria a mera mas significativa generosidade do Sr Soares. Mas não é assim, porque quem garante o aumento 0% tem dos negócios uma particular ética. De facto, segundo a crónica de Nicolau Santos – Expresso de26 de Fevereiro - quem vai fazer o esforço, por imposição do merceeiro Soares, são os fornecedores da cadeia Pingo Doce.

Como são fáceis estes truques quando o poder permite toda a chantagem, todo o arbítrio.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

É preciso dizer a verdade, exigem eles.

O Zé Luís das Patentes, o Medina do Plano, o Duque Inclinado, o Santos do Pingo Doce e tantos outros mais reclamam, exigem, que se diga a verdade ao país. Porque sabem que há uma verdade não revelada. E que, porque a exigem, saberão qual é. Mas qual é ela? Então um coro tão qualificado não é capaz de passar da exigência ao discurso sobre a verdade? Coragem, vamos lá a isso: digam pela vossa boca qual é a verdade.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ri de quê, Pureza?



Então não perceberam? Eu disse que a moção é contra a direita e que se a direita a votar favoravelmente, isso seria muito ridículo.

Ihihihih!

A gente quer é reinar, e admitimos mesmo considerar nos fundamentos, em primeiro lugar, a tentativa de nos quererem tirar a água engarrafada no Parlamento.

Mubarak bate Louçã...

"Toma nota aí, camarada: eu dou o dito por não dito em menos de 24 horas. Tu levas dias, entre uma moção não conveniente e uma necessária moção. E mais: precisas de 30 dias para a escrever."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Como se não bastasse a "justiça"...


Um advogado, uma juíza e uma filha de ambos de 4 anos. Desavindos, os pais não se entendiam quanto à regulação do poder paternal. Segundo sentença do tribunal, o pai só poderia ver a filha durante algumas horas, semanalmente, em local público. A justiça é assim, a juíza deve ter achado bem.

No segundo sábado em que o pai visitava a filha, esta era acompanhada pela mãe, o avô e uma tia da mãe. O encontro não correu bem e o pai da juíza, na presença da criança, disparou 5 tiros em direcção ao advogado e pai da sua neta, matando-o com arma para que não tinha licença.
A partir do relato feito pelo Público de 08-02-2011

Magistratura activa sem princípio activo?



O diploma vetado por Cavaco pretendia fixar o princípio da prescrição dos fármacos através da designação do seu princípio activo ou da sua designação comum internacional (DCI). Mas deixando ao médico a possibilidade de, fundamentando, prescrever determinado fármaco.

Mas desde que anunciou uma futuro intervenção activa, Cavaco ficou sensível a este termo. De modo que entendeu dever mostrar ser mais activo que o medicamento e que o governo. E vetou.

Com o princípio activo do medicamento, ganhava o doente, que ficava com o direito de escolher, e o SNS. Com a magistratura activa de Cavaco ganham a poderosa indústria farmacêutica e muitos médicos que ainda lhe fazem jeitos a troco, por exemplo, de férias paradisíacas pagas por laboratórios.

Para o SNS estimava-se uma poupança de 250 milhões de euros com esta medida. Mas a isto só seria sensível quem, coerentemente, defendesse o estado social, a começar pelo SNS. E para isso não se pode contar com Cavaco e seus aliados.