quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Umas boas pisadelas nos calos de Crato


Extratos do editorial do PÚBLICO de hoje sobre o relatório PISA da OCDE e seus resultados:
O relatório da OCDE mostra que uma escola inclusiva não é necessariamente facilitista” (…) “Em Portugal, prefere-se a ideologia ao pensamento a longo prazo. Algumas das práticas seguidas no período em que em que os indicadores portugueses subiram mais foram abandonadas [pela canalha no poder e em particular por Crato]. No entanto, a evolução dos resultados mostra que o que vinha de trás não era a escola “facilitista” [como Crato teima afirmar], mas uma escola inclusiva e capaz de conduzir a bons resultados. Quando assumiu a pasta da Educação, Nuno Crato contestou as opções do passado em nome de um regresso à exigência. Sendo certo que o PISA não é a única medida de avaliação de um sistema de ensino, ele mostra que as políticas anteriores foram capazes de satisfazer ao mesmo tempo os critérios de exigência e de inclusão”.
Ainda no PÚBLICO de hoje, escreve Rui Tavares: (…) “Na verdade, enquanto Crato e seus acólitos verberaram um suposto “facilitismo” do ensino em Portugal, os nossos resultados PISA melhoravam. Enquanto lamentavam a “terra queimada” na educação, Portugal passava a ser um país que não só aumentava o número de “melhores alunos” como diminuía a distância entre os alunos com melhores e piores resultados. E agora, desde que os inimigos do “eduquês” pegaram nas rédeas da educação, a tendência estagnou-se ou inverteu. Ainda mais expressivo foi o resultado num país que o Governo  costuma citar como seu exemplo, por ter iniciado processos de privatização das escolas: a Suécia. Pois bem, entre os países ricos, a Suécia foi aquele que deu um maior tombo na classificação. O resultado foi recebido com consternação naquele país, e até um ministro liberal teve de conceder que “devíamos ter nacionalizado as escolas quando estivemos no poder”.
Mas o elitista Crato não ligará a estes resultados, a estas conclusões, pois não é mais que um ministro para a sua classe, para os privilegiados. Até que uma pedrada na testa o ponha no sítio, na rua.

1 comentário:

Majo disse...
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