sábado, 1 de agosto de 2009

Não havia nexexidade...

No mundo dos negócios, as partes costumam prevenir-se, na fase de negociações, com um acordo de confidencialidade, visando a protecção dos respectivos interesses. Na política, parece que também deve passar a ser assim. Pelo menos com certas pessoas. Menos confiáveis.
No caso em concreto, um interveniente quis apresentar serviço e o outro, aproveitando a ingenuidade daquele, fez questão de apresentar provas de fidelidade a um partido que o afastara de cargos no aparelho. E isso porque, antes, lhe fora ostensivamente infiel.
Estiveram bem um para o outro, com vantagens para um terceiro, um senhor de princípios que, apanhado agora no que se sabe terem serem excessos ao estilo do tal Diácono dos Remédios, prefere dar o caso por encerrado.
Princípios são isso mesmo: manter as acusações a quem nada tinha a ver com o caso. Manter a versão de que o convite também compreendia a oferta de lugares no aparelho do estado. E com um pormenor: insistir que nisto estiveram membros do governo, como se ignorasse que não é com tal capa que se intervém na formulação de convites para uma lista de deputados. Doutro modo, como se poderiam elaborar, no seu partido sem membros do governo, as listas de deputados? Diria o tal diácono que não havia nexexidade.
Já agora: com que valor acrescentado se contava a partir da colaboração de quem, certamente, melhor jus faz ao rótulo de esquerda caviar? Vá lá, sem a cara e os apelidos, que sobraria?
Não havia mesmo qualquer nexexidade.

1 comentário:

ana disse...

Que pateta, o louçã, como se isto ou aquilo fosse crime só porque ele quer. Qual o problema de convidar e de ser convidado e de dizer que sim ou que não? Foi também uma boa oportunidade de a piquena mostrar a fibra de que é feita. Gente desta, quanto mais longe melhor.