sexta-feira, 27 de maio de 2011

Por onde anda o detective Jaime Ramos?



A pretensa denúncia, como se de um escândalo se tratasse, do concurso lançado pela Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária, feita em plena campanha, ficará na história do ridículo em Portugal. E atesta novamente a impreparação de um candidato a PM, a facilidade com que escorrega numa qualquer casca de banana, assim como a ausência, à sua volta, de quem o segure para não cair. Pelo menos sem grande estrondo, como foi o caso.

PPC leu os objectivos do concurso e, puxando pelos aplausos finais, repetiu-os, ridicularizou-os, sem deles nada perceber. Frisou e repetiu o valor - um milhão e duzentos mil euros -,insinuando a possibilidade de tal poder favorecer um escritório de advogados.

Entre os ouvintes, o inenarrável Francisco José Viegas ria, gozando antecipadamente o final. E, de tão contente, esqueceu-se de colocar no encalço da bronca o seu detective Jaime Ramos, sinal de que ficcionar é bem mais fácil do que atacar a realidade.

E a realidade é esta: desde 1993 que tal concurso se faz. Para tratamento, em 2011, entre outras coisas, de cerca de 50 mil contra-ordenações por mês. Que ocuparão cerca de 60 juristas durante o ano.

Pretendendo fazer graça, PPC perguntava de que serviço se tratava e se era tão importante que não se pudesse prescindir dele. E perguntava ainda quem teria sido o feliz contemplado.

Pois agora já sabe duas coisas: a que se destina o concurso, concurso que foi ganho pela Universidade Católica.

E uma sugestão lhe deixo aqui: que peça ao Viegas para tirar o Jaime Ramos dos seus livros e lhe dê corpo e alma capazes de lhe evitarem cenas tão tristes como esta. Doutro modo, para que chamou Viegas para cabeça de lista e redactor do seu programa para a cultura? Ou Jaime Ramos não foi incluído no convite?

Ver aqui o triste espectáculo do candidato a PM:


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