terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Primeiro os Pingos Doce e Continentes...

Ana Isabel Trigo de Morais é diretora-geral da APED – Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição e deu uma entrevista ao PÚBLICO publicada em 24 de Dezembro. No meio das queixas das grandes superfícies comerciais de quem vale a pena ter dó, uma resposta é bem elucidativa do que são os grandes merceeiros deste país. Vejamos:
Pergunta
“A APED vai travar a lei sobre as práticas restritivas de comércio e o novo diploma que alterou o prazo de pagamento a fornecedores?”
Resposta
“Este último diploma que refere vai alterar os prazos de pagamento para todos os bens alimentares em Portugal que passam a ser de 30 dias desde que comprados a pequenos fornecedores, apoiamos essa medida, mas há impacto na tesouraria das empresas. Diz-se que a grande distribuição, ao vender o produto, fica logo com o dinheiro e pode pagar no dia seguinte ao fornecedor. Mas quem paga o pessoal, a electricidade, as infra-estruturas?”
Ou seja: primeiro estão os salários do pessoal das grandes superfícies, os seus mais variados custos e, depois, só depois, os salários e custos suportados antes do lado do fornecedor. E dizem eles que isto não é um excelente negócio. Que bom seria que o estado não interviesse nestes abusos.

1 comentário:

Mário Pinto disse...

Com amigas como esta Sra. directora-geral, a APED e os seus associados não precisam de inimigas/os porque ao responder daquela forma confirmou que são os produtores que financiam as grandes superfícies, o que depois permite a estas fazerem campanhas de descontos mas sem perderem dinheiro.
Mas que maravilha!
Como alguém dizia, “com as calças do meu pai também eu sou homem”.