segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Estado Social a par de um Estadão?


“O Estado Social deve existir para quem dele necessita e não para todos de forma indiscriminada, porque é inviável e injusto”.

Cristina Casalinho

Jornal de Negócios, conforme citação do Público de 11-12-2010

E, sendo assim, teremos que ter dois estados. O Estado Social para quem dele precisa, o… Estadão, para quem está bem na vida e que, certamente, fará a caridadezinha de aturar o primeiro.

Logo: uma nação, dois Estados, um deles alimentado pelas migalhas que o outro permita. Vê-se bem ao lado de que Estado está quem tal sugere.

Só que o Estado é apenas um e, quando Social, é e deve ser para todos, incluindo os defensores de um estado à parte para os coitadinhos. E só quando é para todos o Estado Social pode responder ao bem comum porque, sendo de todos, de todos exige o melhor empenho na sua defesa. Um Estado Social apenas para os coitadinhos seria uma entidade indefesa, nas mãos dos adeptos do Estadão.

O Estado Social não pode ser assimilado a um qualquer albergue dos desprotegidos, para os quais bastaria pouco, e este pouco subordinado aos vorazes apetites de quem nunca se encontra satisfeito com o muito que tem. E quando, o muito que têm, é conseguido através da exploração dos desprotegidos.

O Estado ou é Social ou não é. Mas os desprotegidos dispensarão sempre, por uma questão de dignidade, a magnanimidade dos poderosos, dos seus exploradores.

2 comentários:

Anónimo disse...

Não é átoa que os ricos enriqueem cada vez mais à custa da miséria alheia.
Olhe só o paradoxo; a pobreza é uma fonte inesgotavel de gerar riquezas,que diga algumas ONG's , empresarios e politcos.

lino disse...

Mais uma girl com a mania da Wall Street da Curraleira a debitar insanidades.
Abraço