sábado, 27 de julho de 2013

"O que é a ONGOING?"

Na altura, recordo bem o ar de canalha querendo passar por ignorante inocente, ao questionar o depoente naquela comissão parlamentar de inquérito. A pergunta “O que é a ONGOING?” ficou registada como uma despudorada dissimulação porque, a ignorar o que era a ONGOING, a primeira coisa a perguntar era o que fazia este farsante naquela comissão de inquérito.
Mas esta fita teve um resultado, inesperado ou não: o dissimulado velhaco foi recrutado pouco tempo depois, para a ONGOING, com direito a lugar no Brasil, talvez por não querer ficar por cá a mostrar a cara, sabe-se lá se por lhe sobrar ainda uma réstia de vergonha.
E deixou o seu lugar de deputado para aceitar ser alto quadro de uma empresa envolvida em grandes polémicas, uma delas relacionada com as secretas. Esta a postura de um homem de estado, de um zelador do interesse público.
Regressando pouco tempo depois, tudo indica que não justificou o investimento nele feito pelo novo patrão que sabe ao que anda, tanto lhe valendo Branquinho como outro qualquer velhaco, desde que renda.
E agora? Agora acaba de ser empossado Secretário de Estado da Segurança Social, pasta que lhe é estranha, como estranhas deveriam ser as tarefas na Ongoing. Mas aqui não terá as mesmas exigências da parte de quem o emprega, além de que terá na máquina do estado quem lhe disfarce incompetências e falta de jeito.
E porque este Branquinho e não outro velhaco para tal SE? Apenas porque havia que manter o equilíbrio regional na distribuição de lugares. Assim, se o anterior SE, também estranhamente cônsul honorário da Bielorrússia, era da distrital do Porto do PSD, o seu substituto teria que vir de lá. E veio o que estava à mão.
Claro que se corre o risco de, já de seguida, perguntar, admito que com muita razão, “O que é a Segurança Social?”. Se assim for, haja quem lhe explique mas, sobretudo, o controle para evitar estragos. Que a matéria é delicada.
Já agora: Branquinho foi empossado por um presidencial reformado, que em tempos se queixou do valor das reformas que aufere, que não aguentariam as suas despesas, e que parece não se dar conta desta pouca vergonha. Talvez para evitar crises, talvez por não ter tomado a medicação.
Puta de vida a nossa!

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